sábado, dezembro 18, 2010

INTER NO MUNDIAL 2010: curtinhas


  • O principal destaque do Inter nos Emirados foi a presença de seu torcedor. Considerando as variadas estimativas que ouvi nessa semana, entre 5 e 9 mil pessoas coloriram as arquibancadas de vermelho, na maior movimentação trans-oceânica de torcedores da história dos mundiais de clubes, seja na versão Copa do Mundo FIFA, seja na velha Taça Intercontinental.
  • Se o sorteio das chaves tivesse invertido os confrontos, o Inter teria pego os coreanos na semifinal e não teria se ouvido falar em "fiasco", "decepção", "frustração" em Abu Dhabi, mesmo com uma provável derrota para os italianos na final e com exatamente o mesmo futebol insuficiente apresentado pelo time. O futebol é feito de competência e preparação, mas os placares são sempre uma soma de circunstâncias.
  • ranking gaúcho dos mundiais de clubes:
1º - Inter: 1 título, 4 jogos, 3 vitórias, 1 derrota;
2º - Grêmio: 1 título, 2 jogos, 1 vitória na prorrogação, 1 empate com derrota nos pênaltis
PS: aos gremistas que ousarem dizer foram vice-campeões em 95, aviso que o Inter nunca foi o ULTIMO COLOCADO de um mundial.

  • Internazionale x Mazembe:
- o primeiro gol interista, aos 12' minutos, me lembrou o gol perdido por Sóbis aos 11'.
- a Inter jogava até menos do que o Colorado, quando fez o primeiro gol
- um gol na hora certa muda tudo; e não me digam que não tem hora certa pra gol, porque os do Alecsandro são sempre tarde demais
- dois chutes, dois gols interistas; qualidade sim, mas sorte e azar também explicam
- apesar do placar igual, o Mazembe deu mais trabalho à Inter do que o Seongnan, e finalizou mais vezes do que contra o Colorado



INTER NO MUNDIAL 2010: Inter 4x2 Seongnam llwha Chunma

O jogo começou ruim para o Inter, que parecia intranquilo, errava passes e não conseguia reter a bola, deixando com que a posse de bola dos coreanos chegasse a impressionantes 74% aos 12'. Mas aos poucos o Inter se soltou e, mesmo sempre com menos posse de bola, começou a ser mais contundente e chegou naturalmente aos gols. A expulsão de um coreano quando o placar marcava 2x0 facilitou ainda mais as coisas. Mas, depois do quarto gol, o Inter parou de jogar, teve o meio campo desmontado por Celso Roth e acabou, no relaxamento, tomando dois gols no final. O que poderia ser tranquilamente 6x0, acabou 4x2. Goleada, justa, de toda forma.

A destacar fragilidade técnica do time coreano e o fato de que o Inter precisou de 10 arremates para fazer os 3 primeiros gols (18 ao todo), enquanto no jogo anterior foram 23 sem nenhum gol.

Renan 6 - partida tranqüila, uma ótima defesa na única vez em que foi realmente exigido e muita segurança nas poucas intervenções que teve de fazer
Nei 5,5 - muito esforçado, razoável no apoio, uma assistência, mal no posicionamento defensivo
Bolívar 5 - um grande ano que se encerrou com duas atuações irreconhecíveis
Índio 6 - sem falhas em um jogo com pouca exigência
Kléber 5,5 - foi bem no primeiro tempo, caiu muito no segundo
Guiñazú 6 - o mesmo de sempre
Wilson Matias 6 - bem mais discreto do que no primeiro tempo do jogo anterior, mas teve uma boa participação
Rafael Sóbis 6,5 - no primeiro tempo não teve muito sucesso em suas jogadas, mas no segundo, aberto pela direita, fazia uma grande partida até se machucar e ser substituído por Giuliano.
Tinga 7,5 - tão bem como no primeiro tempo do jogo anterior, mas com mais sucesso nas jogadas; autor do primeiro gol numa das várias vezes em que inflitrou-se na área;
D'Alessandro 7 - mais presente e eficiente do que no jogo anterior, fez uma partida boa e premiada com um belo gol de fora da área
Alecsandro 7 - muitos erros banais, como sempre, mas um belo gol, outro gol em impedimento e uma ótima assistência para Tinga; de fato é um artilheiro, pena que artilheiro dos gols inúteis

Giuliano 5 - entou no lugar de Sóbis, embolou o time e errou quase tudo que tentou
Pato Abbondanzieri sn - entrou para uma justa despedida, nao tocou na bola e tomou dois gols sem nenhuma culpa; mas se fosse com Renan, teria pegação no pé
Andrezinho sn - substituiu Wilson Matias no fim e não teve muito tempo para demonstrar futebol, pois dali pra frente o time nao quis mais jogar e ainda ficou muito fragilizado na marcação



INTER NO MUNDIAL 2010: Inter 0 x 2 Mazembe

Claro que ficou o sentimento de frustração. Mas, pelo menos para mim, não foi algo inesperado e muito menos a "maior decepção" do torcedor colorado ou o "maior fiasco da história do Inter". Eu fiquei muito mais decepcionado com o verdadeiro fiasco de levar 4 do Juventude numa semi-final de Copa do Brasil, dentro de um Beira-Rio com 65 mil pessoas, numa maldita noite de chuva. Ainda houve as derrotas em casa para Bahia e Olímpia em 89 e certamente outros momentos bem piores, de quem nem lembro agora. E quando ao futebol gaúcho, fiasco é cair pra segunda divisão e vender o DVD da Batalha dos Aflitos como documentário de uma vitória da valentia, heheheheheheheh.

O Inter até nem jogou tão mal assim. Jogou melhor que o Mazembe, mas não teve pontaria. Foram 23 finalizações sem sucesso. Contra o Seongnan, a Inter italiana finalizou apenas 7 vezes, mas fez 3 gols, o primeiro deles aos 2 minutos do primeiro tempo. Se Rafael Sóbis tivesse feito aquele gol imperdível aos 11 minutos, provavelmente o jogo teria tido o mesmo resultado da outra semifinal. Nada de zebras. De todo modo, o Inter contra o Mazembe foi rigorosamente igual ao do último terço do campeonato brasileiro. Faltou futebol, sim, mas também faltou sorte. Sorte que teve em 2006, quando tudo deu certo contra o Barcelona. Roth mexeu muito mal no time, alguns jogadores renderam menos do que se esperava e o talismã Giuliano desta vez não resolveu. Mas o pior de tudo foi ter ido aos Emirados com Alecsandro e Leandro Damião como únicas soluções para a camisa 9. Sabia-se que eram insuficientes há um ano inteiro.

Renan 5,5 - Foi bem em todas as pequenas intervenções que teve de fazer e em duas ou três defesas seguras, mas o segundo gol não era indefensável.

Nei 4,5 - Apareceu bastante no apoio, mas errou passes e não acertou cruzamentos, além de alguns erros, como sempre, no posicionamento defensivo.

Bolívar 5 - Falhou no primeiro gol e sofreu com a velocidade de Kaluyituka no primeiro tempo

Índio 5,5 - Também falhou no primeiro gol, mas de resto fez uma partida discreta e correta, sem muitas exigências

Kléber 6 - Foi muito criticado pela imprensa, mas para mim foi um dos melhores do meio para frente. Perde meio ponto por ter marcado mal o jogador que deu a assistência, de cabeça, para Kabangu fazer o primeiro gol

Guiñazú 6 - Não teve falhas, marcou bastante, foi o guerreiro de sempre e errou poucos passes. Discreto e trabalhador.

Wilson Mathias 6,5 - Fez sua melhor partida do Inter, roubando bola, passando bem e com velocidade e ainda procurando chegar à frente para concluir.

D'Alessandro 5,5 - Começou discreto, tímido, parecia sentir o peso da competição. Foi melhorando ao longo do jogo, apesar de 2 ou 3 passes errados imperdoáveis. Melhorou quando foi jogar aberto na esquerda, mas acabou errando feio uma finalização da marca do pênalti após uma cobrança esperta de escanteio, o que lhe desconta meio ponto.

Tinga 6,5 - Fez um primeiro tempo muito bom, com bastante movimentação, acerto nos passes e entrada na área. Caiu um pouco no segundo tempo e foi substituído muito cedo, incorretamente.

Rafael Sóbis 6 - Talvez tenha sido o melhor jogador do Inter, com muita movimentação e 3 conclusões muito perigosas, mas uma delas um erro imperdoável, cara a cara com o goleiro Kidiaba. Não deveria ter saído para a entrada de Giuliano.

Alecsandro 4,5 - De bom apenas o cruzamento para Sóbis perder um gol incrível. Foi substituído por Leandro Damião no segundo tempo.

Leandro Damião 4 - Teve contribuição ainda menos expressiva que Alecsandro que, pelo menos, se movimentou mais.

Giuliano 5,5 - Não entrou mal, mas não contribuiu mais do que Tinga. Teve a segunda melhor chance de gol do Inter, quando o empate levaria à prorrogação. Mas precipitou-se em finalizar sem olhar para o gol e chutou nas mãos do goleiro, sozinho com ele dentro da área.

Oscar 5,5 - Mostra que tem um talento a ser lapidado e protegido e, justo por isso, jamais deveria ter entrado no lugar de Sóbis naquele momento crítico do jogo. Movimentou-se, mas absoluamente sem sucesso.




terça-feira, dezembro 14, 2010

INTER NO MUNDIAL 2010: 2006 x 2010

Acho que o Inter do mundial de 2010 é melhor tecnicamente do que o do mundial de 2006. Time bom em 2006 era o da Libertadores e, mesmo assim, só jogou bem mesmo a primeira final contra o São Paulo. O deste ano, não foi muito diferente, pois o caminho trilhado na Libertadores foi cheio de trancos e barrancos, tendo convencido mesmo apenas nas duas partidas contra São Paulo e na primeira contra o Chivas.

Vejamos um comparativo técnico entre 2006 x 2010 nome a nome:
Clemer x Renan: Renan, ligeiramente
Ceará x Nei: Ceará, disparado
Índio x Bolívar: Bolívar, tranquilamente
Fabiano Eller x Índio: Fabiano Eller, tranquilamente
Rubens Cardozo x Kléber: Kléber, disparado
Edinho x Guinãzú: Guinãzú, mais do que disparado
W. Monteiro x W. Mathias: empate
Alex x Tinga: Tinga, disparado (aquele Alex estava muito mal, nada a ver com o Alex de 2008)
Fernandão x D'Alessandro: D'Alessandro (seria empate, mas Fernandão jogou muito mais pra marcar do que para atacar)
Iarley x Sóbis: empate (gosto mais do Sóbis, mas Iarley estava em grande fase)
Pato x Alecsandro: Pato

resultado: 6 de 2010, 3 de 2006 e 2 empates

INTER NO MUNDIAL 2010: comentário inicial

Surpreende-me grande parte da imprensa brasileira dar como favas contadas a passagem do Inter à final, com se o Mazembe não existisse, mas, muito mais ainda, o favoritismo sobre a Internazionale. Dizem que a Inter italiana está muito mal, em sétimo lugar no campeonato nacional. Mas em que posição ficou o Inter brasileiro no nacional? E que bola o colorado andou jogando nas últimas 10 partidas do nacional? Bola pra cá, bola pra lá, domínio da posse de bola, iniciativa e uma grande dificuldade de fazer gols. Time por time, elenco por elenco, fase por fase, a Inter de Milão ainda é tão favorita quanto qualquer campeão europeu sempre tem sido contra o campeão sul-americano.

Mas quero falar do Mazembe, hoje. Depois de ver a partida contra o Pachuca, fiquei com a impressão de que os mexicanos seriam um adversário mais fácil. Primeiro que o Inter tem larga tradição de bater com facilidade equipes mexicanas. Depois, o Pachuca apresentou aquele velho futebol de toque-toque e pouca velocidade do futebol mexicano, com uma defesa fisicamente fraca e pouca estatura do meio para a frente. Além disso, me pareceram bem abaixo dos africanos no preparo físico. O Mazembe pode até não amedrontar, especialmente no quesito técnica individual, mas em jogos de mata-ou-morre, uma soma de circunstâncias favoráveis a um e desfavoráveis a outro podem levar a zebras. Isso ocorre com certa freqüência. Veja o própria Inter de 2006 contra o Barcelona. O Mazembe tem mais estatura, força e preparo físico que o Pachuca e, num jogo em que as coisas não andem bem técnica e taticamente para o Inter, isso pode fazer a diferença. Além disso, ao menos contra o Pachuca, os congoleses revelaram facilidade em chutar forte a média e longa distância e domínio da bola alta, ponto em que o Inter não é muito seguro, mas onde times mexicanos não servem como boa referência.

Os congoleses usam dois jogadores agudos pelos lados do campo, Kabangu e Singuluma, o que pode fazer com que nossos laterais fiquem mais presos. Preocupa-me especialmente o lado direito, pois Nei tem dificuldades de posicionamento defensivo contra jogadores velozes. O centroavante não é alto, mas movimenta-se bastante. Os laterais são fracos, embora apoiem bastante. Contra o Pachuca, eles impuseram o seu ritmo e, principalmente no primeiro tempo, o seu posicionamento tático, marcando o Pachuca além do meio campo e procurando dominar as ações ofensivas. Acredito que não joguem retrancados contra o Inter, o que pode favorecer os pontos fortes colorados, que são a qualidade técnica do trio Sobis-Tinga-D'Alessandro, apoiados por Kleber, e a grande capacidade de tocar a bola em progressão ofensiva quando há espaços. Caso o Inter consiga tocar rápida e verticalmente a bola, os africanos terão de arriscar muito o combate direto e nisso eles são muito mais "estabanados" que jogadores europeus e sul-americanos. Com uma arbitragem rigorosa, cartões em profusão podem facilitar a vida do Inter. Contra o Pachuca, ao serem pressionados levaram 4 cartões em cerca de 15 minutos.

Talvez o Mazembe não seja nem pior nem melhor que a média dos times do interior gaúcho. Contra quem, todos os anos, Inter e Grêmio sempre perdem alguns pontos. Portanto, não são favas contadas.

Palpite: Inter 2 x 1.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Libertadores 2010: Inter x Chivas 3-2

Final - jogo de volta
Beira-Rio
18-09-2010
gols: Rafael Sóbis, Leandro Damião, Giuliano

Renan 5,5
Nei 6
Bolívar 7
Índio 6
Kléber 7,5
Sandro 6
Guiñazú 7
D'Alessandro 7,5
Tinga 7,5
(Wilson Mathias sn)
Taison 6
(Giuliano 7)
Rafael Sobis 6
(Leandro Damião 6,5)

LIbertadores 2010: Chivas x Inter 1-2

Final - jogo de ida
Estádio Omnilife - Guadalajara
11-09-2010
gols: Giuliano, Bolívar

Renan 6
Nei 5
Bolívar 7,5
Índio 6,5
Kléber 7
Sandro 7
Guiñazú 7
Giuliano 7
D'Alessandro 7
Taison 6
Alecsandro 6
(Everton 4)
(Rafael Sobis 5)

sexta-feira, agosto 06, 2010

Libertadores 2010: São Paulo x Inter 2-1

Semifinal - jogo de volta
05-8-2010
Morumbi

Renan 4
Nei 6
Bolívar 8
Índio 6
Kleber 6
Sandro 7
Guiñazu 7
D'Alessandro 7
(Giuliano 6)
Tinga 7,5
Taison 6,5
(Wilson Mathias 6)
Alecsandro 6,5

quinta-feira, julho 29, 2010

LIbertadores 2010: Inter x São Paulo 1-0

Semifinal - jogo de ida
29-7-2010
Beira-Rio

Renan 6
Nei 5
Bolívar 7
Índio 6,5
Kleber 6,5
Sandro 8
Guiñazu 7
D'Alessandro 7
Andrezinho 6
(Giuliano 7)
Taison 7,5
Alecsandro 5

segunda-feira, julho 05, 2010

Semifinalistas da Copa

Alemanha x Espanha
Por ser a seleção que melhor futebol apresentou até agora, pode ser considerado ligeiramente favorita contra a Espanha. Os alemães jogaram bem todas suas partidas até aqui, incluindo a que perderam, muito mais por culpa de uma expulsão boba de Klose no primeiro tempo e um pênalti perdido por Podolski no segundo do que por superioridade da Sérvia. O desfalque de Thomas Muller vai pesar muito, mas não acredito que seja decisivo. Embora o substituto natural de Muller seja Trochowski, Marin e Cacau também são opções. Aliás, acho que Cacau renderia mais nesta posição de externo direito do que na de centroavante, onde fora mal contra Ghana. O quanto a ausência de Muller afetará a forma de jogar da Alemanha é pouco previsível, mas acho que poderá pesar bastante, embora não decisivamente. O setor onde a Alemanha é mais fraca é na defesa, onde Mertesacker e Friedriech não dão a mesma segurança de zagueiros de outras décadas, Neuer apresenta alguma deficiência na saída da bola alta, Lahm não tem altura para o jogo aéreo e nem Boateng nem Badstuber tem dado bom resultado na lateral esquerda. Pode-se esperar de tudo desta partida, em termos de resultado, mas minha aposta é na Alemanha.


Embora não tenha brilhado ainda, não acho que a Fúria esteja jogando mal. Depois de não conseguir marcar contra a Suíça, os espanhóis venceram todas as partidas jogando da mesma forma e com o placar mínimo necessário, independentemente do estilo de jogo e força do adversário. A Alemanha será um rival com forma de jogo bem diferente dos anteriores, que talvez permita à Espanha mais profundidade, mas que também exigirá muito mais da defesa espanhola. Defesa que, ao meu ver, não é boa, principalmente com o apenas esforçado Puyol no centro dela. El Niño Torres, em péssima fase (mas o acho muito supervalorizado), acaba atrasando o tempo em que o melhor futebol da Espanha surge nos jogos, sempre após sua substituição. Acho que crescem as chances da Espanha se Torres começar no banco.

Uruguai x Holanda

Assim como a Espanha, Holanda não vem sendo brilhante mas vem ganhando sempre por um placar justo, sempre com Sneijder sendo destaque, com muito trabalho de bola e poucos gols. Um pouco semelhante a como vem jogando a Espanha, embora com menos "toque-toque". Não acho que a Holanda tenha sido superior ao Brasil "na bola". Perdeu feio o primeiro tempo e ganhou o segundo mais por circunstâncias e melhor estado anínimico do que propriamente com uma exibição técnica destacadamente melhor. Da mesma forma como Alemanha e Espanha, a defesa é o setor mais fraco, mas antes do primeiro tempo contra o Brasil, essa deficiência não havia se manifestado claramente. Um Uruguai bem postado atrás e contra-atacando com seus ótimos avantes, poderia representar um risco grande à Holanda. Porém, Suárez está suspenso e Lodeiro, que poderia ser uma opção (com Forlán mais adiantado), está fora por contusão. Não bastasse isso, o lateral-esquedo Fucile também está suspenso e a dupla de zaga titular está com problemas de ordem clínica e não se sabe em que condições estarão. Com tantos desfalques e problemas, o Uruguai se enfraquece demais e, para uma seleção que tem jogado no limite de suas possibilidades técnicas e táticas, isso pode ser decisivo. Acho que passa a Holanda


Seleção da Copa (por rodada, fase e geral)
critérios de ponderação da seleção geral: 1ª fase e oitavas, peso 1; quartas e semi, peso 2; finais, peso 3


sábado, julho 03, 2010

A desclassificação do Brasil na Copa 2010

Minhas impressões, esquematicamente colocas, por preguiça de fazer um texto:

1) Brasil fez um bom primeiro tempo e a Holanda melhorou um pouco no início do segundo. Mas, mesmo assim, "achou" um gol num lance circunstancial de falha do melhor goleiro do mundo. Somente depois desse gol, que motivou a Holanda e desconcentrou o Brasil, é que os tulipanos nos foram superiores e, ainda assim, não a ponto de tornar uma injustiça um possível placar de 1-1 até o final da partida. Julio Cesar praticamente não fez defesas. A Holanda só levou perigo pela posse de bola próxima da nossa área e pelos dois cruzamentos que resultaram em gols. Somente após a expulsão, no desespero de um Brasil com 10 é que a laranja mecânica conseguiu justificar a vitória com oportunidades de gol.

2) A expulsão de Felipe Melo era previsível há seis meses e justificaria que Dunga sequer levasse o jogador à Copa. Mas se o seu desempenho em campo foi o melhor dentre todos os que ocuparam a camisa 5 em 3 anos e meio de trabalho e se o treinador tinha a esperança de conseguir manter os nervos do jogador calmos durante o mundial, deve-se respeitar sua decisão. Ainda que, ao meu ver, errada, antes, durante e depois da eliminação. De salientar que Felipe Melo foi mesmo o personagem do jogo: uma bela assitência para gol de Robinho, um gol contra, um erro de marcação sobre o cabeceador do segundo gol e uma expulsão.

3) Porém, a desclassificação do Brasil não se deu pela expulsão de Felipe Melo. Quando isso ocorreu, a seleção já havia sofrido a virada. O que a tola expulsão prejudicou foram as chances de empatar o jogo nos 20 minutos que faltavam. Ninguém garante que aconteceria, pois o Brasil já estava mal animicamente.

4) Sempre (ou quase) após uma derrota da seleção, muitos dizem que faltou raça, que o time não correu, que os jogadores são mercenários, que não houve indignação, que são sangue frios, etc., etc. Não houve nada disso. O time correu, brigou, suou a camisa. Pode ter corrido errado, perdido após tomar gos gols, mas diria que em termos de "sangue quente", até passou do ponto. Não foi apenas Felipe Melo que demonstrou destempero durante o jogo.

5) O trabalho de Dunga foi bom e vencedor, até perder pra Holanda. Mas como perdeu o jogo mais importante, não se pode de forma alguma dizer que teve sucesso. Por outro lado, seria bom que se reconhecesse que ele montou um bom time, ainda que não brilhante, e que sua unica derrota importante foi num dia em que venceu convincentemente seu adversário por 2/3 da partida e levou uma virada por circunstâncias do futebol.

6) Fico me perguntando se Kaká estivesse em plena forma e Elano em campo (para mim, sempre fui peça fundametal) se não teríamos massacrado a Holanda naquele primeiro tempo de ontem. As lesões de Kaká e Elano não sao culpa de Dunga. Talvez seja, a falta de substitutos à altura. Mas não me pergunto, nem um pouco, se também poderiamos ter batido a Holanda com Ronaldinho Gaúcho e Adriano. Fizemos ainda pior em 2006, com eles. E os últimos quatro anos mostraram que não estariam aptos para fazer diferença em 2010. Neymar? Bem, daí não teríamos tido Robinho em campo. Ganso? Ahhhhhh, esse sim, minha melhor opção (ou única) como candidato a substituto de Kaká. Mas que ninguem sabe como se comportaria com a camisa da seleção. No mundial sub-20, em 2009, não fez a diferença. Alguém mais? Certamente não há.

7) Dunga foi e continua sendo "acusado" pela imprensa de ter errado em montar um grupo de jogadores que não eram os melhores, mas que se encaixavam na "família Dunga". Infelizmente, poucos comentaristas e torcedores conseguem entender que a montagem de uma seleção é muito mais complexa do que reunir jogadores pelo mérito do momento. Basta dar uma olhada nas "seleções dos melhores" que órgãos de impresa fazem ou promovem a cada campeonato para ver que, embora possa ser justas ao premiar os destaques individuais, raramente se constituem de um time que possa ser escalado de forma equilibrada. Para sair da teorização subjetiva sobre esse ponto, basta olhar para a seleção alemã de Joachim Loew: se o desempenho dos jogadores no campeonato alemão fosse o principal critério de convocação, Klose e Podolski, que juntos fizeram apenas 5 gols, jamais seriam convocados po 90% dos comentaristas brasileiros. Em tempo, a imprensa alemã questinou muito Joachim Loew por não ter levado Kevin Kuaranyi, o alemão com o segundo maior número de gols marcados na Bundesliga. Como dizem na Italia, "tutto il mondo é paese" (tradução livre: é a mesma coisa em todo lugar).

8) Aliás o time do melhor do mundo e dos 1800 atacantes fenomenais, a seleção que escalava os melhores e representava a fina flor do futebol bailarino sul-americano, levou uma sova dos "duros de cintura", "previsíveis" e "defensivistas" alemães. Quantos chavões. Mas há de se fazer justiça: uns 20% da imprensa brasileira sabe que os alemães não são nada disso e quase toda reconheceu, depois da copa começada, que a Alemanha tem um time ofensivo esse ano. O problema é se supreender com isso, pois os comentários deles mesmo nas copas de 2002 e 2006 foi bem semelhante. Não vou nem falar da Alemanha campeã em 90, cujo jogador mais recuado no meio de campo era o craque Lothar Matthaus, jogador de vários gols e assistências. O que ocorre é que prevalece o chavão sobre a memória.

8) A mesma imprensa que reclamava de um pretenso defensivismo (nunca vi a Seleçao retrancada) e do excesso de volantes do time do Dunga (eram só dois, e um deles com o defeito único de ser destemperado), hoje comentou que um time com um só marcador no meio de campo (Mascherano) só podia tomar quatro da Alemanha. Santa Incoerência, Batman !!!!

sexta-feira, junho 11, 2010

Copa do Mundo 2010: análise do grupo H

Espanha: o excesso de badalação pode prejuducar, como ocorreu com o Brasil da última Copa. O fracasso na Copa das Confederações talvez seja parcialmente explicado por isso, mas também creio que a Furia não é assim tão impressionante e que, como todo campeão, contou com boa dose de sorte, além da competência, no título europeu de 2008. Mas, claro, do meio para a frente tem um grupo excepcional, em que me agradam muito Villa, Xavi e Iniesta, além do reserva Fábregas. Na Euro 2008, a sempre pouco confiável defesa até que foi bem na atuação coletiva, minimizando a baixa qualidade técnica, especialmente do apenas apenas esforçado Puyol. Máximo: campeã. Mínimo: oitavas-de-final. Aposta: finalista.

Chile:
o esquema 3-4-3 sem alas nem laterais (supreendente, mas não inédito, vide Ajax 95) adotado por "El Loco" Bielsa parece ter sido a grande arma chilena para a ótima campanha nas eliminatórias. É um time ofensivo e rápido, que usa muito os flancos em profundidade mas que alimenta muito o bom centroavante Suazo pelo meio, graças ao volume de jogo e aos passes precisos de Mati Fernández. Contudo, as loucuras de Bielsa não conseguem mascarar dois notórios defeitos dos chilenos: o excesso de pancadaria no meio campo e a baixa estatura da defesa, desprovida de um zagueirão como Figueroa há praticamente 30 anos. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: terceiro do grupo. Aposta: oitavas-de-final

Suíça:
embora tendo saído da Copa de 2006 com a incrível marca de zero gols sofridos em quatro jogos, a lentidão e a pouca qualidade de seus defensores não gera expectativas de que consigam passar perto de repetir o feito em 2010, quando enfrentarão equipes rápidas e técnicas como Espanha e Chile. O super laureado Ottmar Hitfeld monta sua equipe de forma semelhante à da última Copa, compacta e bem articulada, e conta com a mesma base de então. Mesmo assim, afora Barnetta, é um time desprovido de pensadores e que tem pouquíssimo poder ofensivo. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: quarta do grupo. Aposta: terceiro do grupo

Honduras:
nunca se pode esperar muito do terceiro colocado da Concacaf, especialmente quando esse nao é a Costa Rica, mas com alguns jogadores bons atuando nos principais campeonatos europeus (Palacios, León e Suazo) e com um passado de supresas (empate com Espanha em 82 e vitória contra o Brasil numa Copa América), o simpático time hondurenho pode ser candidato a zebrinha dentre o clube dos primos pobres da Copa. Máximo: terceira do grupo. Mínimo: quarta do grupo. Aposta: quarta do grupo

Copa do Mundo 2010: análise do grupo G

Brasil: mesmo que eu possa questionar pontos como a ausência de Ganso como alternativa a Kaká ou a convocação de Grafite ao invés de Fred ou Pato, é inegável que Dunga conseguiu, nestes quatro anos, montar uma equipe vencedora, organizada, séria e motivada. Claro que, tudo terá sido em vão se não atuar bem na Copa do Mundo, mas as expectativas teriam tudo para ser muito boas. Porém, vejo alguns problemas graves: a forma física preocupante de Kaká, Luis Fabiano, Juan e talvez outros, desgastados da dura temporada européia, a péssima fase técnica de Felipe Mello, já nao bastasse sua perigosa falta de equilíbrio emocional, e as fracas opções disponíveis para a lateral esquerda. O grupo não é simples, pois se os potenciais de Portugal e Costa do Marfim se manifestassem plenamente, ambos os jogos seriam duríssimos. Por outro lado, se a seleção estiver bem preparada fisicamente, com Kaká em condições de dar seu máximo, pelas já citadas qualidades, somadas ao grande poder de contra-ataque e à formidável eficiência da bola parada, o Brasil é o principal candidato ao caneco. Máximo: campeã. Mínimo: terceiro do grupo. Aposta: finalista.

Portugal:
por conta da sofrida campanha nas eliminatórias, do declínio de jogadores como Deco e da temporada pouco brilhante de Cristiano Ronaldo, pouco está se falando e se esperando dos lusos. Mas ainda possuem um bom grupo de jogadores e um treinador de reconhecida competência. O corte do contundido Nani, que fez grande temporada pelo Manchester, será muito sentido, mas na equipe titular deverá ser bem substituto por Danny, astro maior do campeonato russo. Se o time "encaixar" e C. Ronaldo desequilibrar, podem ir longe. Máximo: semifinal. Mínimo: terceiro do grupo. Aposta: oitavas-de-final

Costa do Marfim:
por qualidade do elenco e experiência internacional, seria disparadamente a melhor equipe do continente africano, mas até hoje essa geração frustou todas as expecativas do público nas principais competições. Há quem diga que o grande problema é o excesso de egocentrismo e as divergências no grupo de jogadores, mas também há influência negativas de fracos comando técnicos. O que parece ser o caso, novamente, pois, de última hora, resolveram apostar no batidíssimo e ultrapassado Sven Goran Eriksson. A contusão de Drogba agrava ainda mais o quadro. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: terceiro do grupo. Aposta: oitavas-de-final

Coréia do Norte:
disputa com Nova Zelândia, Honduras, Japão e Argélia o título de pior equipe da Copa. Devem fazer uma retranca e apostar na velocidade e poder de definição do bom Jong Tae-Se nos contra-ataques e bolas paradas. Máximo: lanterna do grupo. Mínimo: tlanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo.

quinta-feira, junho 10, 2010

Copa do Mundo 2010: análise do grupo F

Itália: se Dunga é cobrado por Neymar e Ganso, jovens sem experiência de seleção e com um real potencial ainda não sabido, imagine-se Lippi, que deixou em casa os já tarimbados e em grande fase Cassano, Miccoli e Totti. Se, ao menos a Italia tivesse Luis Fabiano e Kaká ou se apresentasse resultados como os conseguidos pela seleção de Dunga, seria mais fácil de compreender os critérios do treinador campeão mundial de 2006. Tudo bem que a Itália tem um histórico de começar mal e engrenar durante a copa e que, às vésperas da Copa de 2006, as desconfianças eram as mesmas, mas a atual squadra azzurra vem mostrando tão pouca condição física, técnica e tática, que só por milagre um "Lippi cairá duas vezes no mesmo lugar". Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: quartas-de-final.

Paraguai: apesar de uma queda no final das eliminatórias e de uma campanha de amistosos pouco empolgante, esta equipe paraguaia apresenta um jogo bem organizado pelo treinador Tata Martino e tem um bom elenco, especialmente no ataque. Mesmo perdendo o "gordito" Cabañas e talvez Cardozo, Santa Cruz, Haedo e especialmente Lucas Barrios devem dar conta do recado. O sistema defensivo não conta com a classe de Gamarra e a eficiência de Ayala, mas é razoavelmente boa. Fica em aberto o rendimento da meia-cancha, onde sobra determinação e falta criatividade. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: oitavas-de-final.

Eslováquia: pelos resultados inexpressivos após o desmebramento da Tchecoeslováquia e pelo elenco pouco conhecido do primeiro mundo do futebol, os eslovacos foram a grande supresa das eliminatórias européias. Fogem à essa regra apenas o excelente meia Hamsik (Napoli) e o bom zagueiro Skrtel (Liverpool), especialmente após a contusão do veterano Karhan (futebol alemão). Dizem ser um time bem montado e voluntarioso, mas não acredito que tenha vida longa na Copa. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: terceira do grupo.

Nova Zelândia: apesar do esquema 4-3-3 adotado nos amistosos preparatórios, é um time que entra em campo para se defender. Tem nível técnico talvez superior apenas ao da Coréia do Norte e a grande maioria de seus jogadores atua na própria oceania ou no submundo do futebol europeu. Será lanterna do grupo, mas tem potencial para vender caro as derrotas e, talvez, conseguir algum empate heróico. Máximo: lanterna do grupo. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo.

Copa do Mundo 2010: análise do grupo E

Holanda: a nova versão da laranja mecânica não é um carrossel e não tem Cruijff, mas é um time técnico e muito veloz, além de contar com Sneijder e Robben em grande fase. idade favorita disparada do grupo, dificilmente deixará de ser a primeira colocada. A partir daí, vai precisar mostrar mais consistência defensiva e regularidade de desempenho do que na Euro 2008, quando após encantar na primeira fase, nas quartas-de-final tropeçou feio na Rússia E, se a lógica prevalecer, os tulipanos pegam o Brasil, seu velho carrasco em 94 e 98, justamente nas quarta. Máximo: campeã. Mínimo: oitavas-de-final. Aposta: quartas-de-final.

Dinamarca:
mescla de muitos bons veteranos da Copa 2002 e de uma nova geração não mais do que razoável, é bem mais quadrada e previsível do que a Dinamáquina de 86, da qual restou somente o ex-zagueiro e hoje treinador Morten Olsen. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: oitavas-de-final.

Camarões:
apesar de um treinador mais confiável do que os das copas anteriores, os Leões Indomáveis fizeram uma Copa das Nações muito fraca e não convenceram nos amistosos. A exemplo da Dinamarca, a velha geração em declínio não vem bem acompanhada por uma nova à altura. Mas, Samuel Eto'o ainda merece respeito. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: terceira do grupo.

Japão:
pouco poder ofensivo, Nakamura em má fase, dupla de zaga estabanada. Olho no bom meia-atacante Honda. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo.

Copa do Mundo 2010: análise do grupo D

Alemanha: deve vencer um grupo em que os outros três partem muito equilibrados entre si quanto às expectativas. Sem capitão Ballack, machucado, perde qualidade e experiência, mas segundo as más líguas, ganha em ambiente e coletividade. Alemanha é sempre Alemanha, mas para ir além da segunda fase, precisa resolver a má fase de Klose e achar o substituto certo de Ballack. Olho no baixinho reserva Marin, que pode ser o ás na manga de Joachim Loev. Máximo: semifinal. Mínimo: oitavas-de-final. Aposta: quartas-de-final.

Sérvia: tecnicamente é o melhor time dos três concorrentes à segunda vaga do grupo. Fez uma ótima campanha nas eliminatórias em tem opções de banco tão boas quanto os titulares. Porém, foi com essa mesma expectativa para a copa da Alemanha e voltou para os balcãs com três derrotas e a pior defesa do torneio. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: oitavas-de-final

Ghana: sem o contundido Essien, perde metade de sua força. Foi assim em 2006, quando após uma boa primeira fase, perdeu Essien por cartões e tomou três do Brasil. Como todo time da África Negra, mas ao contrário do que a imprensa brasileira sempre imagina dos africanos, vai dependee muito de estar com bom condicionamento físico para vencer. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: terceira do grupo

Austrália: em relação ao time em que corretamente apostei passar de fase em 2006, a versão 2010 dos "Socceroos" vem sem o Mago Holandês Guus Hiddink no banco e com praticamente o mesmo time que, há quatro anos, já era de veteranos. A menos que os bons meias ofensivos Cahill e Kewell joguem como nunca, não passa da primeira fase. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo




Copa do Mundo 2010: análise do grupo C

Inglaterra: chega ao mundial como quase sempre, ou seja, cheia de jogadores badalados e com muita expectativa. Mas, ao contrário das últimas vezes, agora tem Fábio Capello, um treinador bom e vencedor. A perda do capitão Rio Ferdinand desqualifica signficativamente o sistema defensivo, mas tem time suficiente para não depender dele. Se Rooney estiver em forma (volta de contusão recente) e com cabeça tranquila (foi expulso contra Portugal em 2006) e Capello achar a escalação certa, que permita a seus grandes meio-campistas renderem à altura dos seus talentos, a Inglaterra é candidata. Máximo: campeã. Mínimo: oitavas-de-final. Aposta: semifinal

Estados Unidos: sempre é uma incognita e minha boa impressão sobre eles vem do vice-campeonato da Copa das Confederações. Costuma apresentar times muito organizados, destemidos, rápidos no contrataque, mas fracos na defesa, especialmente sob pressão. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: oitavas-de-final

Eslovênia: deve ser o time mais entrosado da copa, visto que qualquer esloveno sabe de cor os onze titulares, que jogam juntos há muito tempo. O grandalhão centroavante Novakovic promete gols de cabeça e em cobranças de falta. Porém, é um time de muito coletivo, foco na defesa e pouco talento. Pegou um grupo fraco nas eliminatórias, ficou atrás da Eslováquia e, na repescagem, tirou da Copa a favorita Rússia com um gol inesperado aos 43' do segundo tempo. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: terceira do grupo

Argélia: na Copa das Nações, começou levando goleada do inexpressivo Malawi, mas depois melhorou o rendimento, bateu Costa do Marfim e foi até as semifinais. Ali foi despachada com uma goleada pelo Egito, disparamente a melhor seleção africana. Porém, a Argélia vingou-se dos Faraós nois dois jogos muito tensos do desempate das Eliminatórias, conquistando uma supreendente vaga para a Copa. Tem alguns bons jogadores, como Ziani, Matmour e Belhadji, mas o ataque é fraquíssimo, defesa vaza fácil e o goleiro não inspira nenhuma confiança. Máximo: terceira do grupo. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo

quarta-feira, junho 09, 2010

Copa do Mundo 2010: análise do grupo B

Argentina: é considerada pela imprensa brasileira como a equipe mais técnica do mundial e forte candidata ao título, mas na opinião dos apostadores da bolsa de londres, os favoritos são Brasil, Espanha e Inglaterra. Tem o melhor jogador do mundo, Messi, mas que não goza do mesmo prestígio entre os torcedores do próprio país. Seu treinador, Maradona, foi um gênio como jogador, mas faz um trabalho muito fraco como diretor técnico. Some-se a isso a fraca campanha nas eliminatórias e as muitas dúvidas quanto à qualidade do setor defensivo, e tem-se poucas garantias de que "los hermanos" não terão uma nova decepção com sua seleção. Máximo: campeã. Mínimo: oitavas-de-final. Aposta: quartas-de-final

Nigéria: a atual geração do futebol nigeriano é incomparavelmente inferior à da década de 90 e o próprio time atual não vem tendo bons resultados e apresentações. É verdade que está com treinador novo, mas o time é o mesmo que naufragou na Copa da Nações Africanas. Como está num grupo fraco, se pelo menos estiver fisicamente bem, pode passar por Grécia e Coréia do Sul. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: quartas-de-final

Grécia:
o treinador, Otto Rehhagel, ainda é o mesmo do milagroso, inesperado e irrepetível título da Eurocopa 2004, mas de lá para cá os gregos foram um desatre em três competições (Copa das Confederações 2005 e eliminatórias para a Copa 2006 e Eurocopa 2008). O time ainda tem veteranos daquela campanha e conserva a forma de jogar baseada em retranca, contra-ataque e bola alta. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: terceira do grupo

Coréia do Sul:
apesar de poder ser facilmente considerada a melhor equipe asiática da Ásia (sim, isso mesmo, pois a Austrália nao é asiática mas joga na Ásia), me parece inferior ao time de 2006 e sem a vergonhosa ajuda da arbitragem de 2002 não irá mais além do que as oitavas-de-final. Mesmo assim, terá que parir duas bigornas quentes para passar por Nigéria e Grécia, que em tese tem times fisicamente mais fortes e bons na bola alta, tradicionais pontos falhos dos coreanos. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo

segunda-feira, junho 07, 2010

Copa do Mundo 2010: análise do grupo A

Africa do Sul: seria a seleção mais fraca e maior candidata a eliminação, mas time da casa sempre tem clamorosos favorecimentos da arbitragem, além de contar com a força da torcida e da "magia" que toma conta do país-sede. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: oitavas-de-final
França: tem um time experiente, mas envelhecido, um treinador confuso e uma prolongada série de más atuações consecutivas, que engloba uma péssima Euro 2008 e uma fraca campanha nas eliminatórias. Pelo elenco que tem, pode ser que "se encontre" durante a primeira fase e tome corpo para avançar, mas acho pouco provável. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo
México: seleção que chega animada e prometendo futebol rápido, técnico e ofensivo, com um trio de promessas no ataque (Giovani dos Santos, Vela e "Chicharito" Hernández), mas que tem problemas históricos de fragilidade defensiva, baixa estatura e pouca força física. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: terceira do grupo
Uruguai:
aparentemente, vem com a seleção melhor montada e em melhor forma dos últimos tempos, em que se pode destacar tanto as virtudes dfensivas quanto a qualidade dos atacantes. Não deve ser um time tão criativo na meia-cancha, mas se conseguir ser combativo e organizado, sem apelar para a violência e destempero, pode se tornar eficiente e vencer o grupo mais equilibrado da copa, embora relativamente fraco. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: quartas-de-final

Palpite: passam Uruguai e Africa do Sul

Brasileirão 2010: Inter x Palmeiras 1-1

7a. rodada
Beira-Rio, 6 de junho de 2010
gol: Giuliano

Lauro 6
Glaydson 4,5
(Andrezinho 6)
Bolívar 6
Sorondo 6
(Fabiano Eller 6)
Kleber 5,5
Sandro 6
Guiñazú 7
Giuliano 6,5
D'Alessandro 6,5
Walter 5,5
Alecsandro 5
(Taison 5,5)

quinta-feira, junho 03, 2010

Brasileirão 2010: Corinthians x Inter 2-0

6a. rodada
Pacaembu, 3 de junho de 2010

Lauro 6
Glaydson 5
Bolívar 6
Sorondo 6
Kléber 4,5
Sandro 6
Guiñazú 7
Giuliano 5,5
Andrezinho 6
(Taison 5,5)
Alecsandro 5
(Edu sn)
Walter 5
(Thiago Humberto sn)

domingo, maio 30, 2010

Brasileirão 2010: Inter x Atletico-PR 4-1

5a. rodada
Beira-Rio, 30 de maio de 2010
gols: Alecsandro, Sorondo, Andrezinho, Alecsandro

Lauro 6 - pouquíssimas intervenções, mas muito mais seguro do que Abbondanzieri (poupado para recondicionamento técnico) no jogo com os pés.
Glaydson 5 - pouco exigido da defesa, foi mal no apoio, com muitos erros de passes e nenhuma profundidade
Bolívar 6,5 - atuação firme, tranquila e com um brilho ofensivo na cabeçada que assitiu ao gol de Sorondo
Sorondo 6,5 - mesma avaliação do companheiro de setor
Kléber 5,5 - não errou, apoiou mais do que no jogo anterior, mas ainda sem profundidade e com muita displicência.
Sandro 6 - discreto, sem erros, bem na marcação.
(Wilson Mathias sn)
Guinãzú 7 - o de sempre: roubadas de bola, bons passes curtos e movimentação; caiu bastante pela esquerda do ataque, de onde começou a jogada do terceiro gol.
Giuliano 5,5 - errou muito mais do que acertou, mas não se omitiu do jogo
(Thiago Humberto sn)
Andrezinho 7 - o mais ativo e eficiente do meio para frente.
Walter 6 - brigou muito, mas teve pouco sucesso, a exceção do belo passe para Andrezinho e de um gol, em cima da linha, num lance de bola parada.
(Edu 5,5)
Alecsandro 6 - Partida apagada brindada por um gol na base da garra e da força e outro erradamente assinaldo pela arbitragem.

quinta-feira, maio 27, 2010

Brasileirao 2010: Vasco x Inter 3-2

4a. rodada
São Januário, 26 de maio de 2010
gols: Andrezinho (2)

Abondanzieri 4 - não falhou nos gols, embora o terceiro não fosse indefensável, mas apresentou um grande repertório de lambanças e nenhuma defesa importante; esse jogador não poode jogar mais futebol e me causa uma enorme estranheza que a imprensa gaúcha só agora comece a criticá-lo
Bolívar 6
Sorondo 6
Fabiano Eller 4 - duas faltas estúpidas, dois cartões, uma expulsão que decidiou o jogo aos 18'st
Nei 5 - fez alguns bons desarmes, mas foi pego mal colocado em muitas oportunidades e não teve nenhum aproveitamento no ataque; era o jogador envolvido no pênalti mal marcado contra i Inter, que resultou no segundo gol.
Sandro 6
Guiñazú 6
Kléber 5 - muito apagado, burocrático e displicente, além de muito recuado para um time que deveria ser um 3-5-2, mas foi um 5-2-3
Andrezinho 8 - dois gols, muitos bons passes, muita movimentação, jogando bem próximo do ataque
(Giuliano sn)
Walter 6 - não foi brilhante, mas teve boa presença no ataque
(Juan 4 - jogou 30 minutos de muitos erros de posicionamento e passes; não pode jogar no Inter)
Alecsandro 5 - muito empenho, mas absolutamente nada saiu de seus pés além da boa jogada e passa para o segundo
(Taison sn)

Análise: um jogo fácil e tranquilamente vencido no primeiro por 2x0, transformou-se no segundo tempo: gol muito cedo sofrido por causa de um esfriamento do time, expulsão boba, pênalti mal marcado e substituições que destruíram qualquer chance de recuperação. Fora Fossati, Fora Abbondanzieri, Fora Nei, banco pro Alecsandro.

domingo, maio 23, 2010

Brasileirão 2010: Inter x São Paulo 0-2

3a rodada
Beira-Rio, 23 de maio

Abbondanzieri 5
Bolívar 6
Sorondo 6
Fabiano Eller 5,5
(Andrezinho 5,5)
Glaydson 5,5
Sandro 5,5
(D'Alessandro 6,5)
Guiñazú 7
Kleber 5,5
Giuliano 6
Everton 6,5
Walter 5
(Alecsandro 5)

Análise: mesmo com Fossatti poupando jogadores importantes após a desgastante partida de quinta em Quilmes, o Inter foi levemente superior ao São Paulo no primeiro tempo. Contudo, com um gol ocasional em uma falha de Abbondanzieri após rebote de cobrança de falta na barreira, no último terço do primeiro tempo, Fossatti obrigou-se a mandar os titulares em campo para pressionar e criar várias chances de gol no segundo. Mas um gol de Fernandão, num contra-ataque após um choque entre Sandro e Glaydson, dificultou demais a reação.

quinta-feira, maio 20, 2010

Libertadores 2010: Estudiantes x Inter 2-1 (2-2*)

volta das Quartas
Quilmes, 20 de maio de 2010
gol: Giuliano

Abbondanzieri 4 - falhou nos dois gols, especialmente no primeiro, quase tomou um terceiro num chute de Verón e foi muito mal nas reposições.
Bolívar 6,5 - confirmou as últimas atuações, sempre bem posicionado, firme e preciso nas intervanções e rápido na recuperação.
Sorondo 6,5 - esteve no mesmo nível de Bolívar, embora mais pela disposição e força do que pelas qualidades do colega.
Fabiano Eller 6 - teve atuação muito discreta; jogou parte do jogo como lateral esquerdo, sem muito sucesso.
Nei 4 - embora muito ativo no apoio pela direita, errou quase tudo o que tentou e ainda estava mal posicionado no lance do primeiro gol.
(Walter 6) - não destacou-se pelos acertos técnicos, mas sua presença deu vida nova ao ataque colorado, pois apareceu como opção para tabelamentos e lançamentos, o que com Alecsandro raramente ocorria.
Guiñazú 6,5 - o mesmo de sempre: correria, garra, proteção de bola, bons passes curtos.
Sandro 5 - enrolou-se com a bola e a perdeu em três oportunidades e errou mais passes do que o normal.
(Edu sn) - jogou pouco tempo e pouco foi visto.
Kléber 6 - teve boa atuação defensiva, não errou passes, mas não detscaou-se no apoio
Andrezinho 7 - jogou bem avançado, quase como um segundo atacante; todas as poucas boas jogadas do Inter passaram pelos seus pés e, novamente, foi sua a assistência para o gol da classificação.
D'Alessandro 5,5 - mesmo sem grande brilho, foi muito ativo no primeiro tempo, mas caiu bastante no segundo.
(Giuliano 6,5) - jogou pouco tempo, mas decidiu a classificação numa jogada de inteligência e qualidade técnica no arremate.
Alecsandro 4 - não produziu nada além de um chute fraco defendido por Orión numa boa jogada com Andrezinho e um gol corretamente anulado por um milimétrico impedimento; pode-se dizer que foi prejudicado pela falta de um companheiro no ataque, mas mesmo com a entrada de Walter continuou pouco produtivo.

Brasileirão 2010: Goiás x Inter 2-3

2a. rodada
Serra Dourada, 16-5-2010
Gols: Walter (P), Walter, Giuliano (P)

Lauro 6,5
Glaydson 6
Ronaldo Alves 6
Fabiano Eller 6,5
Juan 5,5
Derley 6
Wilson Mathias 6
Giuliano 6,5
Edu 4 (Nei 6)
Taison 6 (Everton 6)
Walter 8 (Leandro Damião 4)

quinta-feira, maio 13, 2010

Libertadores 2010: Inter x Estudiantes 1-0

Ida das Quartas
Beira-Rio, 13 de maio de 2010
gol: Sorondo

Abbondanzieri 6
Nei 6 (Glaydson 6)
Bolívar 7
Sorondo 6,5
Kléber 6,5
Guiñazú 6,5
Sandro 5,5
Andrezinho 6,5
D'Alessandro 6 (Giuliano 6)
Alecsandro 5
Walter 5 (Taison 6)

Libertadores 2010: Inter x Banfield 2-0

Volta das Oitavas
Beira-Rio, 6 de maio de 2010
gols: Alecsandro, Walter

Abbondanzieri 6
Nei 5,5
Bolívar 7
Sorondo 6
Fabiano Eller 5,5
Guiñazú 7
Sandro 7
Andrezinho 5 (Giuliano 5,5)
D'Alessandro 7,5
Alecsandro 5
Walter 6,5

Brasileirao 2010: Inter x Cruzeiro 1-2

Rodada 01
Beira-Rio 9 maio 2010

Lauro 6
Arilton 5 (Leandro Damião 5,5)
Ronaldo Alves 4
Ronaldo Conceição 6 (Willian Mathias 6)
Fabiano Eller 5,5
Glaydson 5,5
Guiñazú 6
Kléber 6
Giuliano 6
Taison 6,5
Kleber Pereira 4 (Everton 5,5)

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Libertadores 2010: Inter x Emelec 2-1

Libertadores - rodada 1
23-02-10
Beira-Rio

25 - Abbondanzieri 5,5 - Não foi exigido, fez poucas intervenções, saiu estabanadamente por baixo uma vez e errou três vezes a saída de bola com os pés
2- Bolívar 6 - Partida tranquila na defesa, com certo espaço para apoiar pela direita no primeiro tempo
14- Sorondo 6 - Sem falhas, nem destaques, fez bem a sobra
13- Danilo Silva 6,5 - Foi o mais exigido dos zagueiros e foi bem. Ainda conseguiu certo sucesso no apoio pela esquerda.
2- Nei 6 - Foi o jogador mais ativo no primeiro tempo, mas com eficácia zero. No segundo, falhou feio na marcação no gol equatoriano mas compensou com um golaço de fora da área no empate
8- Sandro 6,5 - Tranquilo na marcação e com várias chegadas no ataque, dentre elas o início da jogada do gol da virada.
5- Guiñazu 6,5 - Perfeito na marcação, muito participativo no apoio , com pouquíssimos erros.
6 - Kléber 6 - Perdeu espaço ao ser bem marcado, mas não errou na defesa e foi razoável no apoio. Desta vez não teve sucesso nas bolas alçadas para a área.
11- Giuliano 4 - Ficou perdido no esquema tático de Fossatti e, nas poucas vezes que a bola o encontrou, errou passes e dribles. Errou até escanteios, bisonhamente.
18- Edu 5 - Muita presença pelos lados do ataque, especialmente o direito, mas com pouco sucesso. Caiu muito no segundo tempo.
9- Alecsandro 5 - Partida muito fraca, quase anônima, mas amenizada por um gol de oportunismo no final.

substitutos:
7-Taison (por Nei) 6 - Muito ativo pelo flanco esquerdo de ataque, usou dribles e velocidade para ser bem mais agudo que vinha sendo Edu pelo outro lado. Não foi decisivo nem brilhante, mas ajudou a manter o Inter pressionando o adversário.
10 - Andrezinho (por Giuliano) 7 - Fez em 15 minutos o que Giuliano tentou em 80: boa movimentação, passes certos e uma magistral jogada no segundo gol.
16 - Walter (por Edu) 6 - Jogou poucos minutos e estava apagado até receber um passe perfeito de Andrezinho na cara do gol e servir Alecsandro, ao seu lado, com muita tranquilidade.