gre-NAIS dos Mata-ou-Morre

Com óbvia exceção aos Gauchões, em todas as vezes que Inter e Grêmio defrontaram-se em competições com sistema mata-ou-morre (por favor, não existe mata-mata), o colorado é que saiu clasificado. A lista é a seguinte:

1) semifinal do Brasileiro de 1988 (0x0 no chiqueirão, 2x1 épico no Beira-Rio)
2) quartas-de-final da Copa do Brasil de 1992 (dois empates, vitória nos pênaltis)
3) Seletiva da Libertadores em 1999 (dois empates em 1x1, prevalecendo a melhor campanha)
4) fase preliminar da Copa Sul-Americana de 2004 (2x0 no Beira-Rio, 1x2 no chiqueirão)
5) fase preliminar da Copa Sul-Americana de 2008 (1x1 no Beira-Rio, 2x2 no chiqueirão)

Cadê o tal time Copeiro, rei do mata-ou-morre?

Nilmar na Inter de Milão?

A imprensa está noticiando que Nilmar estaria sendo comprado pelo Zaragoza, com ajuda da Inter de Milão, para que jogasse a Champions League pelo clube italiano. Com todo respeito à nossa imprensa esportiva, dúvido que isso se concretize. Em primeiro lugar, a Inter já tem um elenco enorme, cheio de atacantes, dos quais apenas um joga como titular no esquema de Mourinho. Esse é o motivo da exclusão dos atacantes Crespo e Suazo da lista de inscrições na Champions, conforme especulações da imprensa italiana. Em segundo lugar, a Inter já tem um elevado número de extra-comunitários no grupo e, até onde sei, Nilmar não tem passaporte europeu. Em terceiro lugar, é consenso na Europa de que Nilmar não deixou boas lembranças em sua passagem pelo Lyon. Finalmente, Nilmar não está na seleção brasileira e apenas agora, nos últimos três meses, é que voltou a aparecer com destaque no cenário nacional. Vitrine pouco impressionante para convencer um clube como a Inter.

INTER x FLAMENGO 1-1

gol: Nilmar, aproveitando bobeira do goleiro

Clemer 5
Índio 6 - Bolívar 6 - Marcão 5
Rosinei 5 - Magrão 6 - Guiñazú 7 - G. Nery 5
D'Alessandro 5,5
Alex 6 - Nilmar 6,5
subs.: Adriano 4,5 - Danny M. 6 - Taison 5,5

Tite 5: continua tomando gols na bola alta graças à insistência com Marcão, desta vez com cooperação com Clemer. No segundo tempo, foi forçado a sacar Alex e Índio por condições físicas. Com Adriano no lugar de Alex, o Inter caiu muito. Tentou retomar as rédeas do jogo com a entrada de Taison no posto de Magrão, o que fez com que se perdesse ainda mais a meia-cancha. Novamente, muito pouca atividade pelos lados do campo, por onde especialmente os laterais não aparecem com freqüência nem com eficiência. Mal preparado fisicamente, o time caiu gradualmente durante o segundo tempo, salvando-se apenas pelas inúmeras boas jogadas de Nilmar. Todas mal finalizadas, contudo.

Saldo Olímpico

Estranhamente ainda não ouvido nem li, na imprensa especializada, comentários sobre o Brasil ter ficado à frente de Cuba no quadro de medalhas. Certo que os cubanos nos superaram no total de medalhas, mas se o que vale é o ouro, o placar foi 3x2 para nós. Bom sinal de que o Brasil encaminha-se para ser a segunda potência esportiva das Américas em mais dois ou três ciclos olímpicos.

Futebol masculino: chegou aonde podia com o time que foi convocado, escalado e (mal) preparado. Mas como eu comentei antes, preparação especial para os jogos olímpicos é algo um tanto quanto utópico com o calendário atual do futebol internacional. De todo modo, os 0-3 contra a Argentina retrataram bem a diferença entre as duas equipes, mas nem tanto o que foi o jogo em si. Até a abertura do placar, não houve chocolate nenhum. E se aquele chute de Sóbis acertasse as redes ao invés das traves, logo depois do 1-0, não teria sido injusto ou estranho que o jogo fosse parar na prorrogação.

Balípodo feminino: quanto mais eu vejo as mulheres jogando bola, mais me convenço de que elas praticam um esporte muito parecido com o futebol, mas que não é o bom e velho esporte bretão. A exceção da Marta, elas correm, chutam e pensam o jogo de modo bem diferente do naipe masculino. O jogo é mais primário e muito, mas muito menos técnico, sem falar das goleiras que, embora tenham melhorado muito, ainda são sofríveis. Por isso, vou tratar o esporte como balípodo (melhor do que "bolapé", não é?). Não vai aqui nenhum preconceito ou crítica negativa. Acompanho a seleção feminina desde os tempos da ponteirinha-esquerda Roseli, quando disputaram um mundial pela primeira vez. Acordei cedo para ver todos os jogos da seleção de Marta e o fiz com gosto. Acho que há um encantamento desmedido com o balípodo feminino, muito mais a ver com as frustrações da seleção masculina do que propriamente com o que jogam as gurias. Sempre fazendo exceção à Marta. Mas que, também, não pode ser comparada a nenhum grande craque do masculino, pois sequer ela consegue chutar com força e direção ao mesmo tempo. Acho que o balípodo feminino precisa de ajustes em suas regras e detalhes. Campo menor, bola com tamanho e peso diferente e, por favor, um uniforme mais adequado à feminilidade. O macaquinho das Opalas do basquete australiano deixaria o balípodo feminino plasticamente muito mais agradável.

Judô: decepcionante o resultado de três bronzes para que vinha de três ouros no último mundial. Mas, quem acompanha minimamente esse esporte sabe que as competições são realmente equilibradas, pouco previsíveis e decididas em pequenos detalhes. É o tipo do esporte em que ter-se-ia 7 resultados diferentes se as mesmas lutas fossem travadas em 7 dias consecutivos. Mas, como tudo rola em um único e fatídico dia, 3 outros se tornam 3 bronzes com muito naturalidade.

Hipismo: em muitos aspectos é parecido com o Judô. E eu diria que é ainda mais equilibrado, pois o número de bons conjuntos é muito grande. O que o Brasil teve foi um imenso azar em Hong Kong. Primeiro foi o cavalo de Doda que não passou em um exame veterinário, obrigando nossa equipe a competir com o conjunto reserva. Justamente esse conjunto, com a amazona Carolina Mazza Benedcito, teve o pior resultado. Não seria um grande problema, pois o pior resultado dos 4 conjuntos é descartado. Mas, daí veio o segundo azar. Pedro Veniss, que havia zerado o percurso no primeiro dia, foi derrubado do seu cavalo e foi eliminado, validando as trocentas faltas cometidas por Camila. Tivesse Camila conseguido o belo resultado que teve, dias depois, na competição individual, o Brasil teria se classificado para a final em equipes, onde sempre foi forte candidato a medalha.

INTER x PALMEIRAS 4-1

gols: Índio (de cabeça em cobrança de falta de Alex), Alex (chute de fora), Índio (de cabeça em cobrança de falta de D'Alessandro), Taison (em rebote de defesa do goleiro)

Clemer 6,5
Índio 8 - Bolívar 6 - Marcão 5,5
Rosinei 5,5 - Magrão 6,5 - Guiñazú 7 - G. Nery 5
D'Alessandro 6,5 - Alex 7
Nilmar 6
subs.: Taison 6 - Maycon 5,5 - Adriano 5,5
Tite: 6

VASCO x INTER 4-0

Clemer 4
Índio 5,5 - Bolívar 4 - Marcão 4
W. Monteiro 4 - Edinho 4 - Guiñazú 6 - G. Nery 6
D'Alessandro 5,5
Nilmar 5,5 - D. Carvalho 4,5
subs.: Rosinei 5 - Adriano 5 - L. Carlos 5,5
Tite 5,5: Impossível dar uma nota boa para o treinador de um time goleado, mas há de se dizer que a influência de Tite no mau resultado se deu muito mais pelo mau trabalho no ajuste da mecânica de jogo e a insuficiência de treinos específicos de bola parada (ofensiva e defensiva) do que propriamente por erros grosseiros de escalação ou substituição de jogadores. Pelo contrário, Tite fez substituições boas e nos momentos certos. Pior se não as tivesse feito.

Olímpicas: futebol masculino

Desde que foi anunciada, achei mal montada a lista de convocados por Dunga para Pequim 2008. A não liberação de Robinho corrigiu um dos erros, o excesso de meia-atacantes (Tiago Neves, Ronaldinho e Diego). Durante os dois amistosos que precederam a chegada à capital chinesa, a simultânea falta de Tiago Silva e Alex Silva por contusão e suspensão trouxe à tona dois outros erros: o reduzido número de zagueiros e a falta de ao menos um volante com característica técnicas e físicas para jogar dentro da área. Além disso, Dunga chamou apenas um lateral-esquerdo, inventando uma inexistente capacidade de Ilsinho ser usado como coringa nos dois flancos defensivos. Tivesse então, chamado outro lateral esquerdo no lugar de Ilsinho, já que Alex Silva cansou de fazer a lateral direita pelo São Paulo. Com isso e um zagueiro no lugar de um dos 4 meia-atacantes inicialmente relacionados, a lista teria sido muito mais equilibrada. Finalizando, acho que o time titular terá poucos jogadores de boa estatura para defender a seleção do jogo aéreo na bola parada. Basicamente, os jogadores com 1,80 m são os zagueiros e Pato. Muito pouco.

Quanto às perspectivas de medalha, ressalto que embora a imprensa tenha passado meses reclamando da falta de preparação para o torneio olímpico, nenhum dos adversários deve ter feito muito melhor. Os motivos são evidentes: dificuldade de liberação de jogadores, falta de datas e incerteza sobre a presença dos "sobre-23". À exceção da Argentina, as demais seleções que costumam ser temidas (européias e africanas) não levarão "sobre-23" de primeira linha ou jogarão apenas com os sub-23.

Meus favoritos: Brasil, como sempre será em qualquer competição, Argentina (apesar do grupo chato em que caiu) e Holanda. A Itália, com boas promessas como Giovinco e Acquafresca, também pode aparecer bem.

FLUMINENSE x INTER 1-2

gols: Nilmar (2)

Clemer 6,5
W. Monteiro 5,5 - Índio 6,5 - Sorondo 7 - Marcão 6
Edinho 6 - Guiñazu 7
Rosinei 6,5 - Andrezinho 6,5 - Taison 6
Nilmar 7,5
subs.: Ramón 5,5 - Magrão 6 - Adriano 6

Tite 6: armou muito bem o time para o primeiro tempo, mas suas substituições desnecessárias e acovardadas fizeram o time retroceder demais, justamente no momento em que o Fluminense apertava e o Inter precisava adiantar a marcação e retomar o jogo de contra-ataques.

Notas dos Colorados

INTER x SANTOS 0-1

Clemer 6
Angelo 5 - Índio 6 - Danny M. 4 - Marcão 5
Edinho 5 - Guiñazú 6
Taison 5,5 - Andrezinho 5
Guto 4 - Walter 4,5
subs.: Ramón 5, Adriano 5, Talles Cunha sn
Tite: 6

IPATINGA x INTER 1-0

Clemer 6
Angelo 5 - Orozco 5 - Danny M. 6 - Marcão 5
Magrão 5 - Edinho 5 - Guiñazú 6
Taison 5,5 - Alex 5,5
Nilmar 5
subs.: Maycon 4,5, Andrezinho 5, Guto 4
Tite: 4