segunda-feira, abril 28, 2008

Próximo jogo, problemas defensivos e Fernandão

Acho que Inter tem totais condições de virar o jogo contra o Juventude. Mas o ponto de partida para isso é a colaboração de Abel Braga, o pior dentre os melhores treinadores do Brasil. Para o brasileiro, sigo achando que o Inter precisa de melhorias na sua zaga. As redes coloradas são vazadas em todas as partidas. Se for assim no domingo, o pessoal da frente vai ter que se desdobrar para fazer 3 gols. E não é certo que as circunstâncias da partida nos ajudarão novamente, como aconteceu contra o Paraná.

Muitas vezes os problemas defensivos de um time não passam pela qualidade dos zagueiros, mas estão localizados em fragilidades táticas. Não me parece que seja esse o caso do colorado e o jogo de Caxias foi um bom exemplo. Na lista de culpados pelo gol do Juventude, Fernandão, pra mim, fica em último lugar. Danny Morais (de ótima atuação até ali) e Orozco foram muito moles no ataque ao juventudista que cruzou a bola para a área, onde Marcão, bem posicionado, inexplicavelmente, deixou um jogador de menor estatura cabecear com total tranquilidade. No total, Fernandão e Índio incluídos, eram 5 contra 3. A justificativa do cansaço é admissível. Mas o mesmo tipo de situação vem ocorrendo em quase todos os jogos.

“Ainda mato um treinador”

Nunca em um mesmo domingo eu repeti tantas vezes a impactante e já célebre frase de Francisco Noveletto (pronunciada na época em que era dirigente do São José). Embora reconheça que os treinadores conhecem muito mais de futebol do que eu, certas atitudes dos “professores” são muito difíceis de se entender, especialmente porque elas sempre (ou quase) dão errado. Quando Abel resolveu sacar Nilmar, ele cometeu três erros. Em primeiro lugar, Abel tirou o principal destaque técnico do elenco e, específicamente daquele dia, da partida. Em segundo lugar, colocou um substituto -Iarley- com características táticas muito diferentes, deixando o time sem centroavante, pois embora eu ache que Fernandão não é nem nunca foi centroavante, Abel sequer adiantou o goiano para essa função. Finalmente, gastou à toa uma substituição, uma vez que um pouco depois teve que por Adriano em campo para tapar o buraco tático que ele havia cavado. E por falar em queimar substituições, a injustificável escalação de Ji-Paraná foi, pela segunda vez em 4 dias, apenas uma grande perda de tempo.


A substituição de Nilmar foi ainda mais dolorida porque lembrou-me uma outra, ocorrida poucas horas antes, na partida entre Fiorentina e Sampdoria. Minha gloriosa e querida squadra italiana da camiseta mais bonita do futebol mundial estava batendo os donos da casa por 1-0 e controlava bem a partida. Porém, aos 30’ do segundo tempo, nosso treinador Walter Mazzarri tirou Cassano do jogo. Embora Cassano não seja o atacante mais extremo, é o grande jogador do time e vinha sendo o melhor da partida. A entrada de um volante no lugar do único jogador brilhante em campo, fez com que a Sampdoria simplesmente parasse de jogar e só se defendesse, chamando a Fiorentina para seu campo de ataque. E o resultado foi que, em 10 minutos de pressão, a Fiorentina virou a partida. E nem o gol de empate doriano aos 48’, em um escanteio absolutamente ocasional, foi capaz de aplacar minha ira com os treinadores, pois apenas a vitória podia manter vivas as chances da Sampdoria se qualificar para a disputa da Champions League da próxima temporada.

quinta-feira, abril 24, 2008

Inter x Paraná: notas dos jogadores

INTER-PARANÁ 5-1
Andrezinho (2), Índio, Magrão, Fernandão (P)

Inter no 4-3-2-1

Clemer 6
Bustos 6
Índio 7 (Titi sn)
Orozco 5,5
Marcão 6
Jonas sn (Sidnei sn)
Ji-Paraná 5,5 (Adriano 4,5)
Magrão 7,5
Andrezinho 8
Fernandão 7
Nilmar 5,5

expulsão: Sidnei

quarta-feira, abril 23, 2008

Inter x Paraná - Oitavas de final da Copa do Brasil

Acabo de ouvir a escalação do Inter para o jogo que começa daqui a instantes. Mais uma vez Abel Braga faz uma paçoca com o time. A entrada de Ji-Paraná, que recém voltou de lesão e que não joga há meses, não tem nenhuma justificativa técnica, tática ou anímica. Não é o tipo de jogador do qual se precisa em um jogo decisivo de Copa, em que não basta ganhar, mas golear. Já que o ue o jogo tem essa característica especial e o multifuncional Guiñazu não pode jogar, seria muito mais recomendável que o Inter entrasse em campo com dois meias com capacidade ofensiva à frente de Jonas e Magrão. Por outro lado, pode ser a chance de Andrezinho justificar sua contratação. Por características, é o único meia articulador no elenco do Inter. Técnica e inteligência ele tem, mas ainda não demonstrou rendimento em jogos da equipe titular.

Dessa forma, o Inter só será salvo da degola por um ou mais dos seguintes fatores:
1) vontade, garra, camisa e torcida superando toda a racionalidade do futebol;
2) sucesso na bola parada, o que caberia a Bustos, já que Alex também está fora;
3) um total fracasso técnico-tático do adversário

Pelo menos com o time que começa a partida, as chances disso acontecer são de 20 %.