segunda-feira, abril 28, 2008

“Ainda mato um treinador”

Nunca em um mesmo domingo eu repeti tantas vezes a impactante e já célebre frase de Francisco Noveletto (pronunciada na época em que era dirigente do São José). Embora reconheça que os treinadores conhecem muito mais de futebol do que eu, certas atitudes dos “professores” são muito difíceis de se entender, especialmente porque elas sempre (ou quase) dão errado. Quando Abel resolveu sacar Nilmar, ele cometeu três erros. Em primeiro lugar, Abel tirou o principal destaque técnico do elenco e, específicamente daquele dia, da partida. Em segundo lugar, colocou um substituto -Iarley- com características táticas muito diferentes, deixando o time sem centroavante, pois embora eu ache que Fernandão não é nem nunca foi centroavante, Abel sequer adiantou o goiano para essa função. Finalmente, gastou à toa uma substituição, uma vez que um pouco depois teve que por Adriano em campo para tapar o buraco tático que ele havia cavado. E por falar em queimar substituições, a injustificável escalação de Ji-Paraná foi, pela segunda vez em 4 dias, apenas uma grande perda de tempo.


A substituição de Nilmar foi ainda mais dolorida porque lembrou-me uma outra, ocorrida poucas horas antes, na partida entre Fiorentina e Sampdoria. Minha gloriosa e querida squadra italiana da camiseta mais bonita do futebol mundial estava batendo os donos da casa por 1-0 e controlava bem a partida. Porém, aos 30’ do segundo tempo, nosso treinador Walter Mazzarri tirou Cassano do jogo. Embora Cassano não seja o atacante mais extremo, é o grande jogador do time e vinha sendo o melhor da partida. A entrada de um volante no lugar do único jogador brilhante em campo, fez com que a Sampdoria simplesmente parasse de jogar e só se defendesse, chamando a Fiorentina para seu campo de ataque. E o resultado foi que, em 10 minutos de pressão, a Fiorentina virou a partida. E nem o gol de empate doriano aos 48’, em um escanteio absolutamente ocasional, foi capaz de aplacar minha ira com os treinadores, pois apenas a vitória podia manter vivas as chances da Sampdoria se qualificar para a disputa da Champions League da próxima temporada.

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