sábado, maio 31, 2008

INTER x SPORT: Abel, vá se Qatar

Abel inovou na escalação e o time jogou bem, embora não tenha conseguido um bom resultado. O Sport jogou com o freio-de-mão puxado e a cabeça na final da Copa do Brasil, mas o fato é que o Inter tomou conta do jogo e criou inúmeras ocasiões de gol. O gol de empate do Sport, em um lance isolado e circunstancial, foi fruto de um dos velhos defeitos do Inter, a jogada aérea em cima da defesa. Desta vez os culpados não foram os zagueiros, mas Andrezinho e Edinho, que, no lance de escanteio, estavam marcando os dois jogadores que cabecearam a bola.

Após a estabanada expulsão de Sidnei (mas uma), Abel mexeu bem na equipe, recompondo o sistema defensivo com dois laterais e dois zagueiros e até melhorando na frente, já que Andrezinho pouco contribuira na criação e Adriano passou a render melhor como atacante do que como ala. Somente após a entrada de Enílton é que o Sport passou a ameaçar a defensiva colorada. E foi nesse momento que Abel começou a cometer os erros de sempre. Em nome de uma falsa idéia de que trocar Adriano pelo péssimo Ji-Paraná fosse lhe garantir um mísero ponto, Abel diminuiu as chances de se conquistar três. As chances foram quase aniquilidas quando, supreendentemente, trocou um centroavante que jogava bem (Nilmar) por um atacante de movimentação lateral (Iarley) que há muito tempo não tem contribuído significativamente.

INTER-SPORT 1-1
Alex

Inter no 3-5-2

Renan 7
Índio 6,5
Sidnei 5
Marcão 5,5
Adriano 5,5 (Ji-Paraná 4)
Edinho 5,5
Guinãzu 6
Andrezinho 4 (Ricardo Lopes 6)
Ramón 5,5
Alex 7
Nilmar 6,5 (Iarley sn)

sábado, maio 24, 2008

Flamengo x Inter

Desta vez não se pode apontar Abel como responsável direto pela derrota. Mesmo com os importantes desfalques de Guiñazú e Magrão, o Inter foi muito superior ao Flamengo no primeiro tempo, impondo o seu ritmo e o seu jogo. E desceu aos vestiários justamente premiado com a vantagem no placar. O Flamengo voltou melhor no segundo tempo e respondeu à altura, pressionando e virando o jogo em 10 minutos em que o Inter praticamente assistiu à partida. Apesar disso, os gols foram falhas diretas e imperdoáveis da zaga. Depois, o jogo voltou a ficar equilibrado, com o Inter tendo a iniciativa e o Flamengo se defendendo e contratacando. Abel fez substituições ousadas, que se não tiveram grande impacto técnico pelo menos empuraram o Flamengo para trás. Não seria injusto o gol de empate de Nilmar, negado por um salvador carrinho de Léo Moura em cima da linha de meta.

FLAMENGO-INTER 2-1
Nilmar

Inter no 3-5-2:
Renan 6
Índio 4,5
Sidnei 6
Marcão 6 (Gil 5)
Jonas 5
Danny Morais 5,5 (Adriano sn)
Ji-Paraná 5,5 (Andrezinho 5)
Alex 6,5
Ramón 6,5
Fernandão 5,5
Nilmar 6,5

Posições x Funções

Passam os anos, muda o futebol e maioria absoluta da crônica esportiva brasileira e gaúcha continua comparando times apenas pelos nomes dos jogadores e sustentando teses apenas com base nos resultados.

Agora, uns estão dizendo que Fernandão tem que sair do time e outros dizem que ele só pode jogar de centroavante. Questionam Nilmar. E continuam achando que Alex é articulador.

Desde o dia 2 de fevereiro, quando publiquei uma coluna no Papo de Bola, digo que Alex só pode executar uma função no time do Inter, que é a ala esquerda. E essa função é necessária para qualquer time de futebol, pois ela não é uma posição existente apenas no 3-5-2. Alguém deve jogar aberto pelo lado esquerdo, com funções de marcação, apoio e ataque. Não acho que o Alex possa ser o melhor do Brasil na função, longe disso. Mas ele tem técnica, sabe cruzar, doa-se ao time e, além de tudo, é o melhor cobrador de faltas do elenco. Ou seja, precisa estar em campo.

Abel tem os méritos de ter encontrado uma outra função para Alex no campeonato Gaúcho. Alex jogou como um atacante recuado, assim como Fernandão. Os dois tem executado exatamente a mesma função e ocupado a mesma faixa transversal do gramado, ainda que com características técnicas e físicas bem diferentes. Funcionou no Gauchão, mas não na Copa do Brasil, nem no Campeonato Brasileiro. Contra times um pouco melhores e mais bem postados, surgiu um vácuo entre o ataque e o meio-de-campo, visto que o Inter joga com um atacante, dois meia-atacantes e nenhum articulador. Guinãzú e Magrão sabem jogar e apoiam, mas são volantes. Bons volantes. Apenas volantes.

Não tenho nenhum medo em dizer que entre Fernandão e Alex só há espaço para um. E como quase todos devem concordar, Fernandão joga mais. Do jeito que Abel arma o time, em nome de um melhor rendimento de Alex, Fernandão perde a sua liberdade de jogar logo atrás do atacante. Assim, continuo achando que Alex ou joga como externo esquerdo de meio-campo ou é o reserva do Fernandão. Isso também melhoraria o jogo do Inter pelo lado do campo, que hoje é absolutamente inexistente. Tenho dúvidas se Andrezinho é o articulador que o Inter precisa. Mas é o único que tem essa característica. E quando jogou na dele, no lugar de Alex, fez um partidaço contra o Paraná. Hoje, Andrezinho tem mais uma boa chance de mostrar seu futebol, mas vai jogar numa função um pouco diferente, atrás do trio ofensivo, onde até agora não conseguiu ter bom desempenho.

Desconsiderando atual, o Inter deveria jogar no 4-4-2, com Bustos, Índio, Sorondo e Marcão; Andrezinho, Guinãzú, Magrão e Alex; Fernandão e Nilmar.

Na falta de Sorondo, Danny Morais. Aliás, Danny Morais me parece ser o melhor zagueiro do elenco. Gostaria de ter uma melhor amostragem para ter certeza. Como volante, não tenho gostado, pois ele acaba sendo um zagueiro à frente da zaga e tem demonstrado alguma dificuldade de marcação.

Palmeiras x Inter: as notas

PALMEIRAS-INTER 2-1
Índio

Inter no 4-3-2-1
Renan 6
Jonas 5
Índio 5,5
Sorondo 5,5 (Orozco 5)
Marcão 5
Danny Morais 5,5
Abominável Edinho das Neves 2
Guiñazú 5,5
Fernandão 5 (Adriano sn)
Alex 5,5
Nilmar 5,5 (Guto sn)

quinta-feira, maio 15, 2008

Sport x Inter: as notas

SPORT-INTER 3-1 (desclassificado nas qurtas-de-final da Copa do Brasil 2008)
Sidnei (29'pt)

Inter no 5-3-2-1:
Clemer 6,5
Bustos 5
Sidnei 6 (Pessanha sn)
Orozco 5
Danny Morais 5,5 (Iarley sn)
Titi 5,5 (Derlei 5,5)
Jonas 4
Guiñazú 6,5
Fernandão 5
Alex 5
Nilmar 6

quarta-feira, maio 14, 2008

Fiasco

A vergonhosa derrota de hoje para o Sport e a conseqüente desclassificação na Copa do Brasil tiveram a "cara" de Abel Braga. A "cara" de um treinador perdedor. Sim, campeão do mundo e da América, mas perdedor. O treinador que, no somatório das duas últimas passagens pelo Beira-Rio, só conseguiu me convencer em duas partidas de caráter decisivo, quais sejam a primeira final da Libertadores contra o São Paulo e jogo contra o Barcelona. Nas duas partidas, as mesmas circunstâncias: o Inter não era o favorito, o adversário era o time que tentava impor seu jogo contra a estratégia de defesa e contrataque de Abel e a preparação físico-tática-emocional para o jogo foi especialíssima.

Após tomar o primeiro gol, o Inter partiu pra cima, impôs seu jogo e dominou amplamente as ações, criando oportunidades de gol em seqüência até igualar o placar. Depois, com o seguro placar de 1-1, esqueceu de jogar e partiu para o balão, para o desespero, como se fossem os últimos 5 minutos da final da Copa do Mundo. O Inter perdeu a posse de bola, muito mais pelo seu desequilíbrio do que pelas qualidades do adversário. As ausências dos experientes Marcão e Índio, assim como o incrível azar de perder seus dois substitutos em meio ao jogo, contribuiu muito menos para o resultado negativo do que a postura errada do time em campo. Quem orientou essa estratégia frequentemente suicida???? Quem orientou o time a jogar no chutão???? Quem não conseguiu mudar esse quadro no intervalo, nos vestiários????

No momento em que o segundo gol do Sport estava a poucos segundos de acontecer, eu comentava que não entendia porque Fernandão estava jogando tão recuado (quem mandou???), logo ele que tem as características ideais para converter o jogo de chutões pra frente em jogadas perigosas. No entanto, o franzino Nilmar foi deixado (por quem?????) no confronto isolado e direto com dois beques. Estava na cara que o Inter tomaria o segundo.

Depois da expulsão de Luciano Henrique, quando o placar de 2-1 ainda nos favorecia, mesmo com 11 contra 10, o Inter não foi capaz de se impor como time mais técnico e de mais camiseta. Falta total de preparo emocional? Ou falta de treino? Ou falta das duas coisas? Novamente, o gol do Sport caía de maduro. E caiu.

Ao final do jogo, repórteres de rádio declaram que Abel passara o jogo pedindo para seu time sair de trás e jogar bola. Se seus jogadores não o fazem, a culpa é de quem? Falta de treino. Falta de um treinador capaz de fazer suas idéias serem executadas. Fosse um grupo de jogadores desunido ou contrário ao técnico, poder-se-ia entender. Mas não é.

Pela milésima vez na era Abel, o Inter não soube o que fazer em campo estando com um jogador a mais que o adversário. Outras "dessas" foram listadas por mim em uma coluna de 2006 (http://www.papodebola.com.br/internacionalemdosedupla/20060828.htm)

Além disso, ocorreram os problemas crônicos da era Abel. Péssimo aproveitamento de escanteios, fraco desempenho da defesa na bola alta e algumas preferências muito questionáveis na escalação dos titulares, muito mais baseadas no histórico, na gratidão, no reconhecimento do esforço do que propriamente da qualidade e do rendimento do jogador (não estou falando de Fernandão).

Abel, como grande torcedor do Inter que és, peça o boné. Em nome do clube.

domingo, maio 11, 2008

Inter x Vasco: as notas

INTER-VASCO 1-0
Sidnei (4')

Inter no 4-4-2:
Renan 6
Jonas 5,5
Sidnei 7
Sorondo 6,5
Titi 6
Pessanha 5,5 (Marcão 6)
Derlei 6
Ji-Paraná 5,5
Andrezinho 6,5 (Ricardo Lopes 5,5)
Iarley 5,5 (Valter sn)
Adriano 5

4 volantes, Abel ????

Escrevo no intervalo de Inter x Vasco. Tudo bem que se queira poupar Andrezinho para quarta-feira, mas uma meia-cancha com quatro volantes desmonta qualquer meio de campo. O Inter ficará acéfalo, sem articulação e perderá a posse de bola. Ji-Paraná, mais uma vez muito mal, não articula nada. Assim, Abel convida, gentilmente, o Vasco a jogar no campo do Inter e facilita a vida do adversário. Ou o Inter faz outro gol fortuito, ou o Vasco empata o jogo. Além disso, Peçanha não está bem no jogo, cometendo faltas desnecessárias e já pendurado pelo amarelo. Abel corre sérios riscos de ficar com 10.

Gostaria de ver o Walter estrear nos profissionais. Especialmente numa dia em que Adriano parece não estar bem.

sábado, maio 10, 2008

Palpitão pro primeiro turno do Brasileirão 2008

Posto aqui meus palpite (não é uma previsão) para a classificação do Brasileirão 2008. Duas explicações se fazem necessárias. Primeiramente, os palpites valem só para o primeiro turno, pois as mudanças nos elencos que ocorrem na janela de transferências do futebol internacional, trocas de técnico, quedas e crescimentos de preparação física, entre outros motivos, costumam mudar bastante os destinos dos clubes. Em segundo lugar, como eu tenho a mania de torcer pelos meus palpites, não vou incluir a posição do Inter nele. Graças a Abel Braga e a simultaneidade da Copa do Brasil, duvido que o Inter termine o turno em primeiro. Mas acho que fica, com folga, entre os seis primeiros.

1) Palmeiras
2) Fluminense
3) São Paulo
4) Cruzeiro
5) Botafogo
6) Santos
7) Sport
8) Grêmio
9) Flamengo
10) Vasco da Gama
12) Coritiba
13) Atlético-MG
14) Atlético-PR
15) Náutico
16) Figueirense
17) Vitória
18) Portuguesa
19) Goiás
20) Ipatinga

quarta-feira, maio 07, 2008

Inter x Juventude: notas dos jogadores

INTER-JUVENTUDE 8-1
Fernandão (3), Danny Morais, Alex, Nilmar, Índio, Clemer (P)

Inter no 4-3-2-1

Clemer 6
Bustos 6,5 (Jonas sn)
Índio 6
Orozco 6
Marcão 6,5
Danny Morais 7
Guiñazú 7
Magrão 6,5
Fernandão 8 (Iarley sn)
Alex 7 (Andrezinho sn)
Nilmar 7

quinta-feira, maio 01, 2008

"Ainda mato um treinador" II - O Abacate













Em mais uma da série cujo título homenageia a célebre frase de Francisco Noveletto, a vítima da vez é o holandês Dick Advocaat, comandante dos russos do Zenit de São Petersburgo. Sem nenhuma dúvida, Advocaat é um dos grandes "heróis" pela supreendente campanha do atual campeão russo na Copa da UEFA. Mas, caso o Zenit fracasse na final do dia 14 de maio, Advocaat também poderá ser considerado o grande "vilão". Tudo por culpa de sua imprudência ao não substituir seu ótimo centroavante Pogrebnyak (10 gols em 13 jogos), que estava pendurado por um cartão amarelo. Cerca de 10 minutos após ter feito o quarto gol do Zenit no jogo e ter liquidado o Bayern de Munique, Pogrebnyak levou o fatal cartão amarelo que o tira da final, por ter atingido o rosto de um adversário com o cotovelo (embora nitidamente sem maldade) numa disputa de bola alta no meio de campo. Agora, vamos ver como Advocaat vai descascar esse abacaxi, ou melhor, abacate, já que e é essa a tradução de seu sobrenome.