segunda-feira, julho 01, 2013

Copa das Confederações 2013: Seleção

Minha seleção do torneio, no 4-3-3:


go: JULIO CESAR (BRA)
ld: MAXI PEREIRA (URU)
za: SERGIO RAMOS (ESP)
za: DAVID LUIZ (BRA)
le: MARCELO (BRA)
mc: PAULINHO (BRA)
mc: DE ROSSI (ITA)
mc: INIESTA (ESP)
ad: CAVANI (URU)
ac: FRED (BRA)
ae: NEYMAR  (BRA)

domingo, junho 30, 2013

Copa das Confederações - Resultado do Palpitão


GRUPO A
BRA x JPN 3-0 (palpite 1-1)
MEX x ITA 2-1 (1-1)
BRA x MEX 2-0 (2-0)
ITA x JPN 1-0 (4-3)
BRA x ITA 2-1 (4-2)
JPN x MEX 2-1 (1-2)

1° BRA 7 p
2° ITA 4
3° JPN 4
4° MEX 1
classificados certos
ordem de classificação com 3° e 4° trocados
pontuação errada

GRUPO B
ESP x URU 2-1 (palpite 1-0)
TAH x NGA 1-6 (0-3)
ESP x TAH 10-0 (6-0)
NGA x URU 1-2 (1-2)
NGA x ESP 0-3 (0-2)
URU x TAH 8-0 (3-0)

1° ESP 9 p
2° URU 6
3° NGA 3
4° TAH 0
classificação e pontuação exatas


SEMIFINAIS
BRA x URU 2-1 (2-1) 3
ESP x ITA 0*-0 (1-0) 1
vencedores corretos

FINAL
BRA x ESP 3-0 (0-1) 0 
vencedor errado

pontuação: 19 em 45 possíveis
resultados: 10 corretos em 15 jogos
placares: 3 exatos em 15 jogos

sexta-feira, junho 14, 2013

Copa das Confederações 2013 - Palpitão

GRUPO A
BRA x JPN 1-1
MEX x ITA 1-1
BRA x MEX 2-0
ITA x JPN 1-0
BRA x ITA 2-1
JPN x MEX 2-1

1° BRA 7 p
2° ITA 4
3° JPN 4
4° MEX 1


GRUPO B
ESP x URU 1-0
TAH x NGA 0-3
ESP x TAH 6-0
NGA x URU 1-2
NGA x ESP 0-2
URU x TAH 3-0

1° ESP 9 p
2° URU 6
3° NGA 3
4° TAH 0

SEMIFINAIS

BRA x URU 2-1
ESP x ITA 1-0

FINAL
BRA x ESP 0-1

Copa das Confederações 2013 - análise preliminar

Em poucas palavras, o que penso de cada seleção:

BRASIL
Que a Seleção não está bem e não inspira grandes expectativas, todo mundo está vendo e não preciso comentar. Mesmo assim, alguns motivos me levam a crer que o nosso desempenho pode ser melhor do que sugere a série de amistosos de 2012-2013:
  • Jogamos em casa e isso tem efeito psicológico, ainda que nossa torcida seja muito corneteira e, no caso específico de seleção, não saiba gritar ou cantar nada mais do que aquele batido "Bra-sil". 
  • Nos últimos 30 anos, a Canarinho têm se caracterizado por não vencer quando o time parece estar "no ponto" e ser campeã quando reinam o pessimismo e a desconfiança na imprensa e torcida. Sim, isso aparente ser apenas mais um "pensamento mágico", mas talvez tenha algum fundo psicológico nisso também.
  • Felipão é mestre em competições de mata-ou-morre ("pelamordedeus", não existe mata-mata).
  • Três semanas de treinamento intenso e o natural crescimento proporcionado pela sequência de jogos.
  • Competição oficial é bem diferente de amistosos, no que tange à concentração dos jogadores no trabalho.
Por outro lado:
  • Se em 94 e 2002 ganhamos Copas do Mundo sem nos consideramos favoritos, tínhamos Romário e Ronaldo na "ponta dos cascos", enquanto o Neymar de hoje está longe de sua melhor forma, além de não ser um jogador tão afirmado quanto já eram os outros dois às duas épocas de levantamento de taça.
  • Tanto em 94 como em 2002, como na Copa das Confederações de 2005, tínhamos um modelo tático bem definido e uma escalação praticamente fechada. Não temos nem uma coisa nem outra ainda.
  • Poderíamos ter tido mais sorte na divisão dos grupos, pois Uruguai, Nigéria e Taiti representariam um caminho mais fácil para um time que precisa crescer com o passar dos jogos.
Tudo somado e por uma questão passional de torcedor, sou obrigado a achar que o Brasil é favorito pelos menos à chegar numa final.

Pouco há o que criticar na convocação de Felipão. Me abstenho de dizer se a não convocação de Ronaldinho Gaúcho foi certa ou errada, mas como ele não me empolga nem como figura nem como jogador, não fará falta aos meus olhos. Prefiro jogadores como Kaká, que são menos habilidosos, mas mais constantes e decisivos nas horas difíceis. Mas se Kaká faz falta entre os 23 de Felipão, é porque se resignou a uma condição de reserva em seu clube. Ou porque já não reúne mais condições físicas e técnica.

Se no plano técnico a Seleção não teria como estar muito melhor, na parte tática, me parece que o time tem potencial de melhoria. Talvez até com o 4-2-3-1 empregado no momento. Especialmente Paulinho e Neymar parecem não estarem jogando de forma que mais lhes façam render o esperado. Embora o problema de Neymar confunda-se com sua má fase, Felipão ainda o testa aberto pela esquerda ou mais livre, logo atrás do centroavante. No papel, Paulinho joga na mesma função do 4-2-3-1 muito usado por Tite em suas campanhas vitoriosas. Mas, na prática, com a camiseta amarelinha ainda pouco se viu do Paulinho que esperamos. Eu gostaria de ver um 4-3-3 com Fernando na cabeça-de-área, Paulinho e Hernanes no estilo "box-to-box", com o ataque formando por Neymar e mais dois entre Lucas, Hulk, Oscar e Fred. Neymar poderia, quem sabe, ser utilizado como um falso 9, como Messi no Barça ou o Totti da Roma de alguns anos atrás. Por alguns minutos, a Seleção jogou no 4-3-3 contra a França, exatamente com Fernando-Paulinho-Hernanes, mais Lucas-Fred-Neymar. Mas como tirar Oscar do time, já que vem sendo o mais regular dos meias da seleção? Boa sorte, Felipão!

ITÁLIA
Sempre é difícil prever o desempenho da Azzurra, mas vem fazendo uma campanha tranquila nas eliminatórias, dando a entender que está dando continuidade ao bom momento vivido na Eurocopa de 2013, manchado apenas pelo retumbante fracasso no jogo final. Como de hábito, a Italia cresceu após a primeira fase, mas ao contrário da sua tradição, o time de Prandelli mostrou valorização da posse de bola, jogo ofensivo e imposição do seu jogo à estratégia do adversário. Houve uma renovação de mais da metade do elenco, mas a espinha dorsal é a mesma da campanha polaco-ucraniana. Por outro lado, acho que a Itália é a seleção que menos importância dá ao torneio, de modo que suspeito da condição física e anímica do grupo. Também não me agrada o time que Prandelli sinaliza mandar a campo, com apenas 1 atacante nato e uma quantidade muito grande de meio-campistas que não estão acostumados a jogarem abertos pelos flancos. A destacar a jovem dupla de ataque ítalo-africana formada por Balotelli (Palermitano filho de ganeses e adotado por italianos) e El Shaarawy (pai egípcio, mãe italiana), além dos experientes e qualificados meio-campistas Pirlo, De Rossi e Montolivo.

MÉXICO
Tem sido a "touca" da Seleção em várias competições oficiais diferentes. E, depois da grande campanha da medalha de ouro olímpica, tudo indicava que o México seria mais uma vez forte candidato a pedra no sapato verde-amarelo. Contudo, com 8 empates nas últimas 13 partidas e um futebol muito criticado pela imprensa e torcida, embora sem derrotas, baixaram minhas expectativas quanto a "El Tri". No plano individual, segue sendo Chicharito Hernández sua maior expressão técnica, ainda que sua temporada na Premier League não tenha sido das melhores. Estranhei a não convocação de duas figuras da campanha Olímpica: Peralta, centroavante que marcou contra o Brasil, e, sobretudo, Marco Fabián, que considero o mais talentoso jogador mexicano em ação no campeonato local.

JAPÃO
Campeã da Ásia em 2012, de boas participações nas últimas duas edições dos Jogos Olímpicos e presença constante em Copas do Mundo desde 98, além de folgadamente já classificados para a Copa de 2014, a seleção nipônica conta com uma boa mescla de jovens e experientes jogadores. Dizer que essa é a melhor seleção japonesa de todos os tempos pode não empolgar ninguém, mas talvez nenhum outro país tenha crescido tanto no futebol nos últimos 20 anos e não será surpresa se tirar a Itália ou mesmo o Brasil das semifinais. O time é taticamente muito organizado, duro na marcação e bastante técnico, embora não necessariamente habilidoso. Será uma dura estreia para o Brasil, em que pese nosso melhor jogo nos últimos tempos tenha sido justamente a goleada de 3-0 sobre o Japão, imediatamente antes da surpreendente demissão de Mano Menezes. Destaques para as bolas paradas do volante Endo e para os ótimos meia-atacantes Honda (CSKA Moscou) e Kagawa (Manchester United). Mijawa desfalca a seleção por conta de uma infecção urinária.

ESPANHA
Na Euro 2012, quando a Espanha dava mostras de que já não era a mesma, massacrou a Itália na final, na única partida em que realmente convenceu. Nas eliminatórias, pressionada por empate consecutivos contra Finlândia e França em terras espanholas, e novamente sob olhares desconfiados, bateu os gauleses em pleno Stade de France, praticamente garantindo a classificação à Copa 2014. É provável que desta vez vejamos o time de Xavi e Iniesta abaixo do seu auge, mas isso não a faz necessariamente inferior aos adversários. Para a atual campeã do mundo, bi da europa e medalhista de ouro nas Olimpíadas de 92, falta apenas a Copa das Confederações em sua sala de troféus. E virão "mordidos" pela derrota frente aos EUA nas semifinais da edição de 2010, o que aumenta seu favoritismo. Desnecessário falar sobre os seus destaques individuais, mas importante ressaltar a capacidade de revelação de bons jogadores nos últimos anos, garantindo um elenco forte além um grande time, e uma perspectiva de manutenção da Fúria no top 5 do ranking mundial por longo tempo.

URUGUAI
Depois de um biênio 2010-2011 com uma grande Copa do Mundo e o retorno ao topo do pódio sul-americano, o retumbante fracasso olímpico e a decepcionante campanha nas eliminatórias, não aposto no Uruguai como pretendente ao título. Mas, se por um lado tem Forlán em baixa, um sistema defensivo que não se renova e uma meia-cancha modesta, possui em Suárez e Cavani dois dos melhores atacantes em atividade na Europa. E muita camisa.

NIGÉRIA
São os campeões africanos de 2013 e uma tradição de grandes jogadores como Kanu, Yekini, Okocha, Oliseh, Amunike e tantos outros craques do passado. E isso não quer dizer rigorosamente nada. A CAN 2013 teve um nível técnico sofrível e as Super Águias tiveram muita dificuldade de bater uma Burkina Fasso privada de seu melhor jogador na final. Além disso, Moses e Emenike, seguramente dois dos dez melhores jogadores da competição, não vieram ao Brasil. Seu grupo de jogadores é o mais jovem da competição, mas muito mais por falta de opções e medalhões afastados pelo técnico Stephen Keshi do que propriamente por uma boa safra de revelações. Para piorar, o clima no vestiário não é dos melhores, por conta de discussões sobre premiação, às vésperas do embarque. Individualmente, destacam-se apenas o "chelseano" capitão Obi Mikel e o jovem e desconhecido meia Sunday Mba, que começou a CAN no banco e se transformou numa das figuras da equipe.

TAITI
Na Copa do Mundo 2010, o representante da Oceania endureceu suas partidas e arrancou empates contra Paraguai, Eslováquia e Itália, voltando invicto para casa. Mas era a Nova Zelândia, que não se compara com o Taiti. Com uma seleção com 22 jogadores amadores e um único "europeu", os taitianos chegaram ao Brasil apenas e tão somente por uma conjunção de zebras que entrou para história do pobre e desconhecido futebol de seu continente. O Taiti ter batido a Nova Caledônia na final do torneio continental foi tão supreendente quanto a vitória desta sobre os Kiwis, na semifinal. Serão um saco de pancadas e farão Felipão se lembrar de Bambala e Arimatéia. Seu único destaque é Marama Vahirua, 33 anos, veterano de campeonatos franceses e mais conhecido por ser primo de Pascal Vahirua, figura do Auxerre na década de 90 e que jogou a Euro92 pelos "Bleus".

domingo, fevereiro 17, 2013

CAN 2013: final

NIGÉRIA x BURKINA FASO 1-0

Mba 40'




Nigéria: Enyeama 7, Ambrose 6 , Omeruo 7, Oboabona 6 e Echiejile 6 (Oshaniwa 5); Moses 7, Onazi 6,  Mikel 6 e Mba 7 (Yobo s.n.); Uche 4 (Musa 5) e Ideye 6.

Burkina FasoDaouda Diakité 6, Koffi 5, Bakary Koné 5, Keba Paul Coulibaly 4 (Dagano sn) e Panandetiguiri 3; Rouamba 6 (Sanou 5) e Djakaridja Koné 5 (Razack sn); Pitroipa 5, Kaboré 7 e Nakoulma 5;  Bancé 5. 

Nota do jogo: 6

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

CAN 2013: análise das semifinais

MALI x NIGÉRIA 1-4

Echiejile 25', Ideye 30', Emenike 44', Musa 60', Fantamady 75'

Minha expectativa por um jogo equilibrado e de poucos gols, definido numa prorrogação, dissipou-se na primeira meia hora de partida. Embora o Mali tenha partido melhor, tomando a iniciativa do jogo e tentando impor um ritmo mais rápido do que nas apresentações anteriores, foi a Nigéria que abriu vantagem com dois gols em 5 minutos, com duas jogadas rápidas e de profundidade pelo lado direito de seu ataque. No primeiro gol, grande jogada de Moses sobre Tamboura, cruzamento certeiro no segundo pau e escorada de peixinho do lateral esquerdo Echiejile, que aparece sozinho metros à frente de seu desatento marcador, Maiga. No segundo, moses lança Emenike em velocidade às costas de Tamboura, cruzamento rasteiro e Ideye, meio embolado com a zaga, escora para as redes. Os gols abateram demais o ânimo malinês e a Nigéria tomou conta do jogo. Esperanças de Mali definitivamente sepultadas quando Emenike fez mais um gol de falta mal cobrada, desta vez desviada na barreira.  Keshi troca Moses - grande destaque da partida - por Musa ainda no inicio do segundo tempo e é brindado por mais um gol em velocidade às costas de Tamboura (de boa atuação ofensiva), em lançamento rasteiro preciso de John Obi Mikel. As mexidas de Mali melhoraram bastante a equipe, que fez um gol e criou mais algumas boas chances, mas já contra uma Nigéria relaxada e apenas especulativa no contra-ataque. 

No plano tático, o Mali, com Samba Diakité contundido, optou por um 4-4-1-1 com Keita ligando meio e ataque. Mas seus jogadores de flanco, Maiga e M. Traoré pouco sucesso tiveram contra seus marcadores e Keita acabou ficando bloqueado entre os volantes e a linha de zaga. Sissoko ficou mais retido à frente da zaga e coube a K. Traoré, de boa atuação até a debacle da equipe, o comando da armação de jogo. Pelo outro lado, o que se viu foi uma Nigéria novamente muito rápida e determinada, num misto de 4-4-2 com 4-2-3-1, com o centroavante Emenike ocupando o flanco direito na primeira linha de marcação com Mba e Moses, mas acompanhando Ideye à frente nas ações ofensivas. Mantido titular mesmo após o cumprimento da suspenação por Ogude, Onazi esteve muito forte na marcação, deixando o centro nervoso das manobras com Mikel em posição mais baixa e Mba e Moses na ligação com o ataque. Determinante a maior presença ofensiva do lateral Echiejile. Com a saída de Moses, Musa entrou como ponta-direita, passando o time para um 4-3-3, com Ideye pela esquerda. Cresce muito o time de Keshi, o treinador que promoveu uma renovação na seleção e que parecia não ter convicação na formação tática e escalação, alteradas jogo a jogo. Mas, o que se nota agora, é que Keshi tem um plantel capaz de lhe oferecer variações táticas importantes dentro de uma mesma partidas, adaptando-se ao modo de jogar do adversário.

Mali: Samassa 6, Diawara 4, Wague 4, N'Diaye 4 e Tamboura 4; Maiga 4 (Fantamady 7), Sissoko 5,  (Diabaté 7), K. Traoré 5 e M. Traoré 5 (Sow 5); Keita 5 e Samassa 5. 

Nigéria: Enyeama 6, Ambrose 6 (Yobo s.n.), Omeruo 6, Oboabona 6 e Echiejile 7; Moses 8 (Musa 7), Onazi 7,  Mikel 7 e Mba 6; Emenike 7, Ideye 7 (Uzoenyi s.n). 

Nota do jogo: 7

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BURKINA FASO x GHANA *1-1 (3-2 nos pênaltis)

Wakaso 13' (P), Bancé 60'

Ghana mandou a campo Wakaso no lugar de Adomah, mas centralizado logo atrás de Gyan, com Asamoah e Atsu, em nova boa atuação, nos flancos. Mas isso durou apenas dez minutos, pois com a contusão de Pantsill, James Appiah promoveu a entrada do winger direito Asante, deslocando o juventino Asamoah para a lateral-esquerda e Afful trocando de lado na linha defensiva. Não sei quais opções estavam disponíveis ao treinador ganês, mas o fato é que toda essa mexida foi prejudicial à sua equipe, pois embora Asante tenha jogado bem, Kwadwo Asamoah é um jogador muito precioso para ficar distante do centro do jogo e com atenção defensiva redobrada, já que o winger direito de Burkina - Nakoulma - é um jogador muito rápido e agudo. Burkina veio reforçada no meio com a presença do bom marcador Rouamba, adiantando Kaboré para o centro da linha de 3 meias, onde passou os 90' comandando toda a manobra ofensiva dos Garanhões. Após boa atuação no jogo anterior, Nakoulma foi confirmado entre os titulares, mas pela direita, deixando Pitroipa aberto pela esquerda. O comando de ataque foi dado ao folclórico Bancé, substituindo o vetereano ex-capitão Dagano, que no jogo anterior confirmara sua má forma técnica. E foram Pitroipa e Bancé as figuras mais importantes do jogo. Após tomar um gol em cobrança de pênalti só visto pelo péssimo árbitro tunisino, Burkina passou a dominar as ações. Mesmo com Ghana levando perigo em várias oportunidades, especialmente em jogadas de Atsu e Gyan, Burkina sempre esteve mais perto do gol. O grandalhão Bancé desperdiçava inúmeras oportunidades criadas pela forte meia-cancha burquinabê, algumas por falta de sorte, mas muitas por incompetência técnica. Mas foi justamente Bancé que empatou o jogo após roubada de bola de Rouamba no campo de ataque e assistência de Kaboré, pescando-o sozinho entre a dupla de zaga de Ghana, surpreendida pelo erro de Badu na saída de bola. À medida que o tempo passava, Ghana decaía nitidamente na condição física e Burkina pressionava. Na prorrogação, Nakoulma encobre Douda após disputa corpo a corpo com Asamoah, mas vê seu gol anulado pelo o árbitro Jedidi Slim, que viu uma polêmica falta do atacante. Faltando minutos para o fim, Pitroipa invade a área em velocidade e é clamorosamente derrubado por trás. Mas Slim não apenas ignora a falta como dá o segundo amarelo a Pitroipa, excluindo-o não só da partida, como da grande final. Desconsolado, sentado no túnel, o ao habilidoso e ágil atacante do Rennes vê seu país entrar para a história, ao bater Ghana nas decisão por penaltis. 

Burkina FasoDaouda Diakité 6, Koffi 6 (Henri Traoré 6), Bakary Koné 7, Keba Paul Coulibaly 6 e Panandetiguiri 4; Rouamba 7 e Djakaridja Koné 6; Pitroipa 7, Kaboré 8 e Nakoulma 6;  Bancé 6.   


Ghana: Dauda 7, Pantsill s.n. (Asante 6), Boye 5, Vorsah 5 e Afful 4; Badu 5 e Rabiu 5 (Derek Boateng 5); Atsu 7, K. Asamoah 6 e Wakaso 6 (Clottey 5); A. Gyan 6.

Nota do jogo:8

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Palpite para a final:
Chegaram à final dois times que baseiam seu jogo muito mais num coletivo forte e boa preparação mental e atlética do que nos destaques técnicos individuais. Tenho impressão que os treinadores Keshi e Put realmente fizeram dois grandes trabalhos. Apenas 12 meses atrás, na CAN 2012, o mesmíssimo time-base deste ano* -  e ainda com Dagano em melhor fase e Alain Traoré jogando todas as partidas,  foi eliminada na primeira fase, com três derrotas para Angola, Sudão e Costa do Marfim, sob comando do português Paulo Jorge. Agora, sem seu craque contundido e com Pitroipa injustamente suspenso, os Garanhões precisarão de um milagre para superar as Super Águias de Keshi. O ex-zagueiro da Copa de 94 e campeão da CAN 94 está prestes a se tornar uma lenda viva do futebol do seu país, com um improvável título a ser vencido por uma equipe renovada e muito criticada antes do torneio, mas que chega à final com muita confiança. Cabe lembrar que as duas equipes se enfrentaram na primeira rodada da CAN 2013, em que Nigéria começou melhor e Burkina buscou um merecido empate no segundo tempo. Naquele jogo, Alain Traoré, que vinha de lesão, entrou no segundo tempo e mudou a cara do jogo, empatando ele mesmo a partida após grande jogada de Pitroipa. Mas os destaques dos Garanhões não estarão em campo desta vez e a Nigéria cresceu muito desde a estréia. Nigéria 2x1, mas minha torcida ficará com Burkina.


* Diakité, Koffi, Bacary Koné, Tall e Keba Coulibaly (Panandetiguiri), Djakaridja Koné e Rouamba (Keré); Kaboré (Nakoulma), Alain Traoré e Pitroipa; Dagano (Bancé). Como se vê, basicamente apenas Tall e Keré não estão mais naquele grupo de 15 ou 16 jogadores que costumam se alternar entre titulares e substituitos principais ao longo da competição.


CAN 2013: palpitão das semifinais


Dos quatro jogos das quartas, acertei na mosca os placares dos jogos do sábado e inverti os resultados das partidas do domingo. Mesmo assim, vou seguir dando meus pitacos:

Mali x Nigéria: jogo deverá ser muito equilibrado e de poucos gols. Mali chegou à Africa do Sul como candidato a finalista e Nigéria sob suspeitas, mas ambos se classificaram a avançaram aos trancos e barrancos, sem convencer ninguém. Mali em tese é melhor time, mas as Super Águias estão em crescimento, especialmente na questão anímica. Torço para Mali, mas acho que dá Nigéria 2-1.

Ghana x Burkina Faso: com Alain Traoré não hesitaria em dar o favoritismo à Burkina. Sem ele, achei que não passariam do Togo, mas o ótimo trabalho coletivo montado por Paul Put dá aos "Etalions" uma chance de engrossarem o jogo com Ghana. Por sua vez, as Estrelas Negras tem um miaor número de jogadores qualificados e um conjunto relativamente sólido. Aposto na tradição de Ghana: 2-0.

sábado, fevereiro 02, 2013

CAN 2013: análise das quartas-de-final


GHANA x CABO VERDE 2-0
Wakaso 54' (p) e 95'

Partida bem jogada, ainda que um pouco monótona no primeiro tempo, em que Ghana teve quase 70% de posse de bola e Cabo Verde um pouco mais de perigo nos contra-ataques. Segundo tempo muito movimentado, com Ghana abrindo o placar num pênalti discutível, numa fase da partida em que Cabo Verde jogava melhor. A contusão de bom Ryan Mendes, que não fazia um jogo tão bom quanto os anteriores, acabou sendo positiva, pois seu substituto - Luís "Platini" Soares - deu velocidade e nova dinâmica aos Tubarões. Os bons meio-campistas de Ghana não conseguiram se impor e Cabo Verde parecia ter 12 em campo. Mas a forte pressão caboverdiana esbarrou nas mãos do goleiro Daouda, que apesar de sair mal do gol em duas oportunidades, fez grandes defesas em chutes de média e longa distância. Uma arbitragem muito simpática a Ghana também prejudicou um pouco os valentes caboverdianos, que sempre bem postados em campo, brigaram até o último minuto. O segundo gol veio justamente aos 49', após rebote de escanteio em que Cabo Verde ficou sem goleiro, que havia subido para tentar cabeceio. O placar foi digno da diferença de hierarquia entre as seleções, mas não refletiu o enfrentamento parelho e menos ainda a maior quantidade de chances de gol criadas pelos novatos e supreendentes caboverdianos.

Ghana: Daouda 7, Pantsill 5, Boye 5, Vorsah 6 e Afful 6; Badu 5 e Rabiu 5; Adomah 4 (Wakaso 6), K. Asamoah 5 e Atsu 5 (Asante 5); A. Gyan 6.

Cabo Verde: Vozinha 5, Carlitos 7, F. Varela 6, Nando 7 e Nivaldo 5; Marcos Soares 5, T. Varela 5 (Djaniny 6) e Babanco 6; Heldon 5, Julio Tavares 6 (Rambé s.n.) e Ryan Mendes 5 (Platini 6).

Nota do jogo: 7
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AFRICA DO SUL x MALI 1-1* (1-3 nos pênaltis)

Rantie 31', Keita 58'

Com Furman jogando atrás de uma linha de 4 meias e Rantie muito movediço no centro do ataque, os Bafana Bafana dominaram amplamente as ações do primeiro tempo. O mesmo 4-1-4-1 de Mali deu enormes espaços aos internos Lestsholonyane e Mahlangu, que foram os organizadores de todas as boas jogadas ofensivas da Africa do Sul, como a do gol, em que Rantie aproveitou uma chute errado de Parker. Quando Samba Diakité saiu por contusão, Patrice Carteron alterou o esquema para um 4-2-3-1, com Sow e Sissoko na meia defensiva, mas sem sucesso na contenção do ímpeto sul-africano. Mali voltou mais bem postado no segundo tempo empatou o jogo em cruzamento de Samassa aberto na esquerda para cabeçada de Keita, mais uma vez dono do time e decisivo. A partida seguiu com os donos da casa mais impetuosos, mas com Mali controlando o jogo bem melhor do que no primeiro tempo. Os ritmos caíram na prorrogação, bastante equilibrada. Na decisão por pênaltis, Diakité, que jogou por conta da suspensão do titular Soulama, mostrou ser um bom pegador de cobranças.

Africa do Sul: Khune 6, Gaxa 4, Sangweni 6, Khumalo 5 e Masilela 5; Furman 7; Phala 5 (Serero 6), Lestholonyane 7, Mahlangu 7 e Parker 5 (Tshabalala 5);  Rantie 6 (Majoro 5) .

Mali: So. Diakité 6, Diawara 5, Wague 6, A. Coulibaly 5 e Tamboura 6; Sissoko 4, Sa. Diakité s.n. (S. Diarra 5), Sow 5, Keita 7 e Maiga 6; Samassa 6 (Diabaté 4). 

Nota do jogo: 7
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COSTA DO MARFIM x NIGÉRIA 1-2

Emenike 43', Tioté 50', Mba 78'

Se olhássemos apenas para o histórico destas duas potências do futebol africano, soaria como uma blasfêmia a afirmação de que esta foi a maior zebra da CAN 2013. O fato é que Costa do Marfim estava invicta a 26 partidas (3 anos) contra seleções africanas, sobrou na primeira fase e tem um plantel capaz de montar dois times que disputariam classificação para uma Copa do Mundo, enquanto a Nigéria sofre com uma renovação de elenco e muda a escalação a cada jogo, atrás de uma formação ideal que teima em não aparecer. Mesmo com a volta de Drogba de volta ao time titular, os ivorianos não conseguiram fazer sua técnica superior sobrepujar o sistema defensivo de uma Nigéria muito mais aguerrida e concentrada. As Super Águias, desfalcadas do bom volante Ogude e com uma estranha disposição tática em que o pesado centroavante Emenike teve de jogar pelo flanco, teve como destaques Victor Moses e, principalmente o desconhecido meia Mba, que aos 24 anos ainda joga no futebol local.  Pouco foi criado por ambas equipes na primeira etapa, mas a sorte brindou a Nigéria com um gol de falta em que o goleiro Copa Barry cometeu grave falha. Os Elefantes voltam bem melhor na segunda etapa, empatam a partida e criam mais algumas ocasiões, mais aos poucos voltam àquele futebol letárgico e um tanto quanto soberbo, repetidamente mostrado ao longos dos últimos anos. Foram punidos por outro lance de sorte dos nigerianos, quando Mba fez grande jogada indiviadual e teve seu chute desviado nas costas de Bamba, enforcando Copa Barry.  Deve-se parabenizar o time de Stephen Keshi, mas a Costa do Marfim tropeçou nas próprias pernas.

Costa do Marfim: Barry 4, Eboué 6, Zokora 6, Bamba 6 e Tiéné 5; Romaric 4 (L. Traore 5) e Tioté 7; Kalou 5 (Gradel 5), Yaya Touré 5 e Gervinho 5; Drogba 6

Nigéria: Enyeama 6, Ambrose 5, Omeruo 6, Oboabona 5 e Echiejile 6; Onazi 6 e Mikel 6; Emenike 6, Mba 8 e Moses 7 (Yobo s.n.); Ideye 5. 

Nota do jogo: 7

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BURKINA FASO x TOGO 1-0 (0-0 no tempo regulamentar)

Pitroipa 105'

Sem sua principal estrela, Alain Traoré, contundido e fora do torneio, Paul Put escalou Burkina no 4-4-2, com Pitroipa centralizado e um pouco atrás do centroavante Dagano, com Sanou e a novidade Ouattara nos flancos. Por sua vez, o treinador de Togo, Didier Six, adiantou o stopper Akakpo para a cabeça-de-área, especialmente para poder controlar o movediço Pitroipa. Assim, o 5-4-1 ou 5-2-3 das outras partidas se convertou num 4-1-4-1, com os internos Romão e Amewou com maior liberdade de apoio e Adebayor trabalhando como um pivô à frente. Na primeira metade do primeiro tempo, principalmente, Togo dominou amplamente as ações, em jogadas muito bem trabalhadas por Adebayor junto à linha de 4 meias, envolvendo a defesa burquinabê e criando algumas boas ocasiões. Os Garanhões equilibraram a partida mais para o fim da primeira etapa, especialmente por meio das jogadas de Pitroipa. No segundo tempo, duas alterações fizeram com que o domínio da partida se desequilibrasse em favor de Burkina. A inexplicável troca de Floyd Ayité pelo mais tático Segbefia, deixou Adebayor sem seu principal parceiro de jogadas e liquidou o ataque de Togo. Logo em seguida, Put trocava o quase imperceptivel winger esquerdo Outtara por um veloz e impetuoso Nakoulma, que colocou em pânico o lado direito da defesa togolesa, imprensando de vez o adversário em seu próprio campo. Salvo uma jogada individual de Adebayor, em que Diakité fez grande defesa, Burkina comandava a partida e fez por merecer seu gol, já na prorrogação: escanteio pela direita, cabeçada de Pitroipa, incrívelmente desmarcado no primeiro pau.


Burkina Faso:  Daouda Diakité 7, Koffi 5, Bakary Koné 6, Keba Paul Coulibaly 6 e Panandetiguiri 5; Sanou 5 (Razack 6), Djakaridja Koné 5, Kaboré 7 e Ouattara 4 (Nakoulma 6); Pitroipa 8 (Rouamba s.n.) e Dagano 4.  

Togo: Agassa 6, Mamah 4, Akakpo 5 (Wome 6), Nibombe 6, Bossou 5 e Djené 7; Floyd Ayité 6 (Segbefia 3), Romão 7, Amewou 6 (Salifou s.n.) e Gakpé 7; Adebayor 7. 

Nota do jogo: 7

CAN 2013 - análise da terceira rodada


Análise:

Grupo A:

Se os jogos não foram um primor de técnica, no quesito emoção a rodada final do grupo A ganhou nota alta. Nos últimos 10 minutos, período em que foram marcado quatro gols nas duas partidas, as quatro seleções tiveream momentos em que se classificavam à fase seguinte. Com várias de suas principais estrelas, como Belhanda, Amrabat, Assaidi e El Ahmadi, sacadas do time por deficiência técnica, Marrocos fez sua melhor partida na CAN, impondo o seu ritmo de jogo aos donos da casa e abrindo o placar com justiça. Mas não foi competente o suficiente para impedir, por duas vezes, o empate sul-africano. Invictos, com três empates, os Leões do Atlas novamente decepcionam e voltam pra casa mais cedo, enquanto os  sul-Africanos, mesmo que por linhas tortas, acabam confirmando seu favoritismo e a liderança do grupo. Não pude ver o outro jogo, mas pelo que mostraram nas partidas anteriores, a virada de Cabo Verde sobre Angola foi justa.

Grupo B
Congo e Mali fizeram um jogo abaixo das expectativas, embora bastante movimentado. Congo começou melhor, mesmo com seu melhor jogador deixado inexplicavelmente no banco, abriu o marcador com um gol de pênalti, mas logo em seguida levou o empate. Mesmo com a entrada de Mputu, no segundo tempo, melhorando bastante a armação de jogo, Congo jogou menos que Mali e mereceu a desclassificação. Patrice Carteron lançou mão de um 4-1-4-1, com Momo Sissoko atrás de 4 armadores, e Mahamadou Traoré isolado como atacante, mas com atuação individual muito superior ao do ex-titular Dembelé. Se o Mali não mostra tanta qualidade como se esperava antes da competição, Ghana parece ter acertado o time, ainda que depenado de suas grandes estrelas de meio-de-campo. A goleada sobre Níger veio ao natural, a partir de uma grande atuação do avante Asamoah Gyan, o que não ocorrera nas partidas anteriores. Christian Atsu, jovem promessa do Porto e mal nas primeiras rodadas, também fez grande partida. Ghana cresce na parada e volta a ser a favorita para enfrentar Costa do Marfim na final.

Grupo C
Nigéria teve imensas dificuldades para bater uma modesta Etiópia, ainda enfraquecida pela ausência de alguns titulares importantes. Teve muita posse de bola, mas pouca eficiência no ataque, onde não brilhou o centroavante Emenike. Mikel também teve atuação muito abaixo do esperado para um titular do Chelsea. As Super Águias criaram poucas chances de gol, movimentando o placar somente nos ultimos 12 minutos, em dois lances de pênalti sobre Moses, que seriam plenamente evitados por uma seleção um pouco mais tarimbada e qualificada que a Etiópia. Chamou atenção a precariedade defensiva do time nigeriano, especialmente em relação à sua dupla de zaga e ao meio campo um pouco aberto demais. Defensivamente, o único destaque foi o volante Ogude, além de uma grande defesa do veterano Enyeama, em cabeçaço de Salahdin logo após o primeiro gol nigeriano. Curiosamente, a Etiópia deve ter sido a única seleção da história da CAN a usar 4 goleiros numa mesma edição do torneio. Além de ter usado todos os três guarda-redes inscritos, quem esteve na porta dos Antílopes nos últimos minutos da partida foi o meia Addis, já que Sisay havia sido expulso no lance do segundo pênalti.
Zâmbia e Burkina prometiam um jogo com placar movimentado, mas a péssima fase dos atuais campeões, adicionada às questionáveis escolhas do treinador Hervè Renard, fizeram dos Chipolopolo um time sem brilho e sem força. Pela outro lado, Burkina foi imensamente prejuducada pela lesão de seu melhor jogador e artilheiro da CAN ainda no início do jogo, o meia Alain Traoré. Sem o craque do Lorient, as chances do bom time burquinabê passar por Togo na próxima fase caem drasticamente.

Grupo D
O "grupo da morte" foi realmente diferenciado dos demais, pois além de nos apresentar um time destacadamente mais qualificado do que todos os demais, teve um Togo supreendentemente muito bem armado e com soluções ofensivas. Tunísia esteve na média do que sempre foi e a Argélia mereceria um pouco mais de sorte, pois jogou mais futebol do que os resultados mostram. Fiquei com a sensação de que duas seleções magrebinas poderiam ter se classificado se tivessem caído em outros grupos. Na última rodada, depois de um primeiro tempo monótono, Argélia melhorou muito com a entrada de Feghouli e abriu dois gols de vantagem no segundo tempo. A partir daí, Costa do Marfim mostrou que mesmo seu time de reservas é superior à maioria das outras representações africanas, sendo capaz de, com um pouco de esforço, igualar e quase virar o placar com duas grandes oportunidades perdidas no final do jogo.  Togo dominou a Tunísia na primeira metade so primeiro tempo e mereceu fazer até mais do que um gol. Num esquisito 4-2-4 sem atacantes fixos, aos poucos a Tunísia conseguiu encaixar seu jogo e pressionar o Togo, até fazer por merecer o empate. Dali pra frente, o jogo ficou muito prejudicado pela pior arbitragem internacional que já vi. Além de muito prejudicado pelo péssimo desempenho de seus auxiliares nos lances de impedimento, o sul-africano Daniel Bennett deixou de marcar 3 pênaltis claríssimos para o Togo e dois para a Tunísia. Assinalou erradamente um pênalti para as Águias de Cartago, que felizmente para a justiça do jogo, foi mandado na trave pelo capitão Moelhi, quando faltavam 10 minutos para o fim. Bennett ainda foi muito mal no critério para cartões e a cereja do bolo foi um equivocado amarelo para Nibombé, em falta cometida pelo colega Akakpo.




Sistemas táticos:
4-2-3-1: ANG, MAR, COD, GHA, CIV, BFA, NGA, ALG
4-4-2: RSA, ETH, ZAM
4-3-3: CPV, NIG

4-1-4-1: MLI
4-2-4: TUN
5-4-1: TOG

Notas dos jogos:
7: TOG 1x1 TUN
    MAR 2x2 RSA
6: NIG 0x3 GHA
    COD 1x1 MLI
   ALG 2x2 CIV
5: BFA 0x0 ZAM
   NGA 2x0 ETH
não assisti: ALG 2x2 CIV e CPV 2-1 ANG
média de notas da rodada: 6
média de gols da rodada: 2,5
média de notas geral: 5,78
médias de gols geral: 2,04

Gol mais bonito: Christian Atsu (GHA)
Craque da rodada: Asamoah Gyan (GHA)

Seleção da rodada (no 4-2-3-1): Agassa (TOG),  Pantsill (GHA), Boye (GHA), Vorsah (GHA), e Tamboura (MLI); Mahlangu (RSA) e Badu (GHA); Pitroipa (BFA), Atsu (GHA) e Gakpé (TOG); Gyan (GHA).


Resultados dos palpites para a terceira rodada:
MAR x RSA: 1-1 (2-2): resultado certo
CPV x ANG: 1-0 (2-1): resultado certo
NIG x GHA: 0-2 (0-3): resultado certo, placar semicerto
COD x MLI: 1-1 (1-1): placar exato
BFA x ZAM: 2-1 (0-0): tudo errado
NGA x ETH: 2-0 (2-0): placar exato
ALG x CIV: 0-2 (2-2): resultado errado, placar semicerto
TOG x TUN: 1-1 (1-1): placar exato

Palpites para as quartas-de-final:
RSA x MLI 1-1 Mali é melhor, mas Africa do Sul vem embalada pela classificação dramática e terá estádio cheio. Jogo deve ser equilibrado.
CIV x NIG 2-0 Nigéria é um adversário tradicional e forte, mas passa Costa do Marfim, com seu futebol sólido e técnico, muito superior às demais.
BFA x TOG 0-2 Sem Alain Traoré, Burkina não conseguiu fazer gols ainda. Aposto numa boa atuação do rápido ataque togolês sobre a fraca retaguarda dos Garanhões.
GHA x CIV 2-0 Torço pra Cabo Verde, mas acho que a solidez e experiência das Estrelas Negras não deixarão margem a nova supresa dos organizados e empolgados Tubarões Azuis.

domingo, janeiro 27, 2013

CAN 2013 - análise da segunda rodada

Comentário:
A segunda rodada da CAN2013 apresentou melhores jogos, o que aumentou um pouco a baixa média de gols da primeira. Zâmbia melhorou seu futebol mas mesmo assim teve imensas dificuldades para conseguir um empate com a Nigéria, que jogou melhor e foi prejudicada pela arbitragem pela marcação de uma penalidade inexistente. Hervé Renard escalou o lateral Nkausu no lugar do zagueiro Himoonde (pior atuação individual em absoluto na primeira rodada), passando o lateral esquerdo Musonda para a direita e promovendo Mbola na esquerda. Em que pese a fraca atuação de M'Bola e o ridículo pênalti cometido por Nkausu, a atuação geral do setor foi bem melhor do que na partida anterior. Na frente, jogou com Mayuka e Katongo lado a lado. Mas, eles que foram os dois maiores destaques dos campeões em 2012, tiveram más atuações, parecendo fora de forma física e técnica. Chisamba teve a melhor atuação dentre os meias, mas depois perder a bola numa tentativa de drible no campo de defesa, sentiu o peso da culpa pelo gol nigeriano e passou a errar tudo, tendo de ser substituido. Não vejo mais, em Zâmbia, condições para lutar pelo bi-campeonato e acho que não passam por Burkina Faso no próximo jogo. Mali  Depois da ótima estreia, Congo tropeçou feio ao empatar com o fraco Níger. Verdade que, no primeiro tempo, criaram boas oportunidades, mas de forma geral jogaram muito mal, errando passes demais. Com isso, pode ter posto fora sua classificação, já que terão de vencer o Mali, uma vez que Ghana começa a acertar o time e deve passar fácil pelo Níger. Não que o Mali venha jogando bem, mas é um time defensivamente bem mais sólido que o Congo, muito forte fisicamente e com condições técnicas não muito diferentes. Ao Mali parece estar faltando melhores atacantes e um pouco mais de concentração e velocidade. Encheram os olhos as atuações de Burkina e Costa do Marfim. Com Lassina Traoré no lugar do fora de forma Drogba, e mais algumas alterações em relação à estreia, os elefantes acertaram o time e amassaram tática e tecnicamente a Tunísia no primeiro tempo, embora tenham folgado no marcador apenas no final da partida. Mas é esse o estilo da Costa do Marfim, com seu futebol cadenciado e indolente, mas muito técnico. Por sua vez, os Garanhões passaram por cima da Etiópia, jogando um futebol muito rápido, especialmente quando Paul Put retirou Bancé e Sanou e armou o time para o contra-ataque, com a expulsão de seu goleiro por um lance infantil. Mas Etiópia poderia ter tido melhor sorte na partida, não tivesse sofrido a prematura contusao de Adane, seu melhor jogador, e não tivesse terminado na trave a conclusão de Shemeles, após grande jogada coletiva em contra-ataque no início da partida. A destacar, ainda, a significativa melhora da Africa do Sul, bastante modificada em relação ao primeiro jogo, a nova boa atuação de Togo e o surpreendente rendimento de Cabo Verde. Os Tubarões Azuis, para muitos candidatos a saco de pancadas da CAN 2013, tem alguns bons jogadores e um time taticamente muito bem armado, além de mostrarem ótimas formas física e anímica.

No plano tático, mais equipes adotaram o 4-2-3-1 e o Togo abriu mão dos 3 zagueiros para usar um clássico 4-4-2 à inglesa. Cabe ressaltar que as diferenças entre o 4-3-3 e o 4-2-3-1 muitas vezes são sutis, como no caso de Costa do Marfim, por exemplo. Neste caso, considerei Gervinho e Kalou como atacantes de flanco, mas outros observadores poderiam incluí-los numa linha ofensiva de meias, com Yaya Touré pelo centro.   

Sistemas táticos:
4-2-3-1: ANG, MAR, COD, GHA, MLI, CIV, BFA, NGA, TUN, ALG
4-4-2: RSA, ETH, TOG, ZAM
4-3-3: CPV, NIG




Notas dos jogos:
8: BFA 4x0 ETH 
7: ZAM 1x1 NGA
    CIV 3x0 TUN
6: RSA 2x0 ANG
    MAR 1x1 CPV
    ALG 0x2 TOG
5: GHA 1x 0 MLI
4: NIG 0x0 CDO
média de notas da rodada: 6,13
média de gols da rodada: 2
média de notas geral: 5,69
médias de gols geral: 1,81

Gol mais bonito: Gervinho (CIV)
Craque da rodada: Alain Traoré (BFA)

Seleção da rodada (no 4-2-3-1):
Agassa (TOG), Pantsill (GHA), Sangweni (RSA), Sunzu (ZAM) e Echiejile (NIG); Badu (GHA) e Barrada (MAR);  Gervinho (CIV), Alain Traoré (BFA) e Pitroipa (BFA); Adebayor (TOG).



Palpites para a terceira rodada:
MAR x RSA: 1-1
CPV x ANG: 1-0
NIG x GHA: 0-2
COD x MLI: 1-1
BFA x ZAM: 2-1
NGA x ETH: 2-0
ALG x CIV: 0-2
TOG x TUN: 1-1

Resultado dos palpites da segunda rodada:
RSA x ANG: 2-1 (2-0) resultado certo, placar semi-certo
MAR x CPV: 1-0 (1-1) resultado errado, placar semi-certo
GHA x MLI: 1-1 (1-0) resultado errado, placar semi-certo
NIG x CDO: 1-4 (0-0) tudo errado
ZAM x NGA: 2-1 (1-1) resultado errado, placar semi-certo
BFA x ETH: 2-1 (4-0) resultado certo
CIV x TUN: 1-0 (3-0) resultado certo, placar semi-certo
ALG x TOG: 1-1 (0-2) tudo errado

quarta-feira, janeiro 23, 2013

CAN 2013 - análise da primeira rodada

Comentário:
A primeira rodada da CAN 2013 começou com dois empates zerados, fraquíssimos técnica e animicamente falando. Mas a partir do segundo dia, qualidade e emoção aumentaram significativamente, em que pese mais três empates em seis jogos e a fraca média de gols, de apenas 1,63, contra 2, 2,75 e 3,75 nas primeiras rodadas de 2012, 2010 e 2008, respectivamente. Mas a grande decepção é o público. Grandes estádios, praticamente às moscas, exceção feita o jogo de estréia da seleção anfitriã e à invasão etíope em Nelspruit. Não que as edições anteriores tenham sido um sucesso de bilheteria, mas num país mais organizado e desenvolvido, esperava-se bem mais.

Em termos táticos, o futebol africano acompanha a tendêcia mundial, com um predomínio do 4-2-3-1, usado por 7 seleções no início das partidas, sem contar Tunísia e Argélia, que para ele derivaram suas formações durante o segundo tempo.

Decepcionaram a África do Sul e Zâmbia, justamente os donos da casa e os atuais campeões. Enquanto os Bafana Bafana confirmaram a pobreza técnica de uma transição de gerações, os Chipolopolo me pareceram atrapalhados pelo peso da defesa do título e subestimação do adversário. Com o mesmo treinador e 20 dos 23 campeões de 2012, reforçados por 3 jogadores que entao estavam contundidos, esperava-se o mesmo futebol técnico e rápido do ano passado. Mas o que se viu foi uma trágica atuação defensiva (especialmente de Himoonde), profusão de passes errados e péssima pontaria. Acredito que tanto sul-africanos quanto zambianos farão um segundo jogo melhor, livres dos fatores psicológicos negativos da estréia. A terceira decepção foi Mali, que teve imensas dificuldades de superar Níger, sem dúvidas o time mais fraco da CAN. Outra seleção que sofre com transição de gerações e desligamento de medalhões é a Nigéria, que muito justamente levou um empate do bem razoável time de Burkina Faso.

Conhecidos como Garanhões, o time burkinabe vem de 18 jogos seguidos sem vitória em Copas da África, pode muito bem acabar com o tabu se o treinador Paul Put mantiver as alterações que realizou no segundo tempo. Costa do Marfim mostrou o futebol mais equilibrado, técnico e consistente, ainda que lento e por vezes desinteressado, contra um Togo nitidamente superior àquele da CAN e Copa do Mundo 2006. Outras confirmações foram o enfraquecimento de Ghana, desfalcado dos conhecidos Prince Boateng, Essien, Muntari e André Ayew, além de vários defensores experientes, bem como as previsões de possível supresa feitas em relação ao Congo. Os Leopardos, do folclórico e limitado goleiro Kidiaba (anão voador à melhor moda Roberto Rojas), apresentaram um futebol muito parecido com o de Zâmbia em 2012. São países vizinhos e seus jogadores tem estilo técnico e físico bem semelhante. Não à toa, o famoso Mazembe cedeu 5 jogadores a cada seleção, praticamente seu time inteiro.

A maior e mais gratificante surpresa da primeira rodada foi o futebol mostrado pela Etiópia, temperado pela sua animadíssima torcida. Não acredito que possam ir longe, mas darão trabalho e seus jogos serão movimentados, pois buscam o ataque incessantemente. Destaque técnico por conta do meia Adane (erradamente narrado como Girma*). Aos 27 anos e carreira toda feita no país natal, o forte e elegante meia joga de cabeça erguida, protege e domina a bola com categoria e tranquilidade, erra poucos passes, acerta lançamentos longos e chega com força no ataque para finalizar. Um novo Zidane? Claro que não, mas valeu a pena vê-lo jogando.

* Na Etiópia, as pessoas são conhecidas pelo primeiro nome, uma vez que o segundo não é sobrenome familiar, mas sim o nome do pai.

Sistemas táticos:
4-2-3-1: ANG, MAR, COD, GHA, MLI, ZAM, CIV
4-4-2: RSA, ETH, BFA, NGA
4-3-3: CPV, NIG 
4-3-2-1: TUN, ALG 
5-2-3: TOG


Notas dos jogos:
8: GHA 2x2 COD
7: CIV 2x1 TOG
6: ZAM 1x1 ETH
    NGA 1x1 BFA
5: MLI 1x0 NIG
    TUN 1x0 ALG 
3: ANG 0x0 MAR
2: RSA 0x0 CPV

média de notas: 5,25
média de gols: 1,63

Gol mais bonito: Youssef Msakni (TUN)
Craque da rodada: Yaya Touré (CIV)

Seleção da rodada (no 4-2-3-1):
Daouda (GHA), Eboué (CIV), Bamba (CIV), El Adoua (MAR) e K. Asamoah (GHA); Romão (TOG) e Yaya Toure (CIV);  Adane (ETH), S. Keita (MLI) e Msakni (TUN); Mbokani (CDO).

Destaques ainda para Mulumbu e Mputo (CDO), Mesbah, Lacen e Feghouli (ALG), Hintsa (ETHI), Tiené e Gervinho (CIV), Alain Traoré e Pitroipa (BFA), Musa e Mikel (NGA) e Badu (GHA).

Palpites para a segunda rodada:
RSA x ANG: 2-1
MAR x CPV: 1-0
GHA x MLI: 1-1
NIG x CDO: 1-4
ZAM x NGA: 2-1
BFA x ETH: 2-1
CIV x TUN: 1-0
ALG x TOG: 1-1


sexta-feira, janeiro 18, 2013

CAN 2013 - Copa das Nações da Africa: Palpitão

Sempre tive alguma ligação inexplicável com esse continente, iniciada com as supreendentes atuações da Argélia na copa do mundo de 82 e de Camarões nas de 82 e 90. Desde a primeira vez que a TV brasileira transmitiu a Copa das Nações da Africa, muito conhecida como CAN e agora como AFCON, procuro acompanhar de perto os jogos em todas as edições televisionadas ou transmitidas pela internet em canais estrangeiros. E, como bom fã de futebol, mesmo não sendo um especialista e tendo pouco estudado a atualidade das equipes, arrisco aqui meus prognósticos.

GRUPO A:
Africa do Sul entra com o peso de dona da casa para contrabalançar um time de qualidade duvidosa e desfalcado de seu jogador mais importante, Piennar, que abandonou a seleção. Angola traz um bom retrospecto nos amistosos dos ultimos 3 meses. Marrocos tem uma boa safra de jovens meias, mas que decepcionou muito na CAN 2012, e ainda perdeu muita qualidade com a aposentadoria internacional do capitão Kharja e o afastamento de Taraabt, destaque do QPR na Premier League. Cabo Verde é o novato da vez e mesmo senso uma incógnita e tendo supreendido Camarões nas eliminatórias, não deve ter força para ir adiante.

1º Africa do Sul
2° Marrocos
3º Angola
4º Cabo Verde

GRUPO B:
Ghana sempre é forte, mas sem dois de seus principais jogadors, Boateng (abandonou a seleção) e André Ayew (afastado por indisciplina), não conseguirá repetir o futebol mostrado na última Copa e tende a uma participação ainda mais discreta do que na CAN 2012. Mali tem a melhor geração de jogadores dos últimos 20 anos, pelo menos, e vem praticamente completo. Níger é um dos países com menos expressão no futebol africano, mas surpreende com duas participações consecutivas na CAN. Contudo, tem muito pouca qualidade. Ao contrário, a Rep. Dem. do Congo tem tradição de título, futebol técnico e rápido e um elenco com vários bons jogadores. Se a greve por premiações ocorrida às vésperas da CAN não atrapalhar, é um bom candidato a azarão, tal qual foi o seu multicampeão Mazembe no Mundial de Clubes de 2010.

1º Mali
2º DR Congo
3º Ghana
4º Niger

GRUPO C:
Zâmbia é atual campeã porque teve competência, bom futebol e tudo conspirando a seu favor. Mas se um raio nao cai duas vezes no mesmo lugar e a classificação foi ganha nos pênaltis contra a fraca Uganda, é fato que os Chipolopolo tem um elenco forte e ainda melhor do que o de 2012. Nigéria não é sombra daquela força vista nas copas do mundo, com um time muito renovado e alguns poucos veteranos conhecidos, mas não desconsideraria uma boa campanha. Burkina Fasso mostrou alguma qualidade em 2012, mas ficou fora na primeira fase. O time atual é praticamente o mesmo, e pode engrossar contra os Nigerianos. A Etiópia é fundadora da CAF e fez sucesso nos anos 50 e 60, mas chegou meio por acaso na CAN e deve ter ainda menos qualidade que o vizinho Sudão, que esteve em algumas edições anteriores. Acho que perdem a três partidas.

1º Zâmbia
2° Nigéria
3° Burkina Faso
4º Etiópia

GRUPO D:
A Costa do Marfim vem com força máxima e determinada a, em sua última tentativa, conseguir um título à sua mais expressiva geração de jogadores. É, de longe, a grande favorita do grupo e da própria competição, o restante do grupo poderá ficar bastante embolado e, quem sabe, até mesmo atrapalhar os Elefantes. Argélia vem renovada após seus mais experientes jogadores terem desistido da seleção e é uma incógnita. Tunísia sempre mostra alguma qualidade técnica e organização tática e Togo aposta suas fichas no craque Adebayor.

1° Costa do Marfim
2° Tunísia
3° Argélia
4° Togo


PLAY-OFFS:

AFRICA DO SUL x D.R. CONGO
COSTA DO MARFIM x NIGERIA
ZÂMBIA x TUNISIA
MALI x MARROCOS

AFRICA DO SUL x COSTA DO MARFIM
ZAMBIA x MALI

COSTA DO MARFIM x MALI

Campeão: COSTA DO MARFIM

Na falta das minhas seleções preferidas, Egito e Senegal, torço pelo bi de Zâmbia, pela consagração de uma geração espetacular de Costa do Marfim ou pelos donos da casa, a Nação Arco-Iris de Nelson Mandela. N'kosi sikelele iAfrica....