terça-feira, julho 18, 2006

INTER x LDU (antes)

Dois comentarios sobre o jogo de amanha

1) Mal como o Inter vem jogando, se a LDU jogar fechada, vai endurecer muito o jogo, principalmente porque o Inter toma gol em quase todas as partidas contra adversarios meramente acima do mediocre. Esse papo de que o "futebol equatoriano nunca chegou a lugar algum, e o brasileiro é pentacampeao do mundo" nao quer dizer absolutamente nada. Primeiramente, porque nao se trata de uma partida entre as seleçoes dos dois paises e, depois, o time da LDU joga junto ha 3 anos, tem a base de uma das seleçoes que surpreenderam na ultima copa e jà demonstrou sua força contra Santos e Sao Paulo nos dois anos.

2) O estadio nao vai estar nem perto de estar cheio. Boa parcela dos socios estara viajando, doente, trabalhando, com carro na oficina, envolvido com outros compromissos ou, simplesmente, mora longe, como eu. Ha dois anos atras, contra o Boca, foram vendidos particamente todos os ingressos e o estadio nao encheu. Ocorre que, a cada dois assentos que o Inter demarcou com tinta nas arquibancadas, acomodam-se confortavelmente 3 homens adultos acima dos 90 kg. Eu estava la e fiz o teste.

Andrei

segunda-feira, julho 10, 2006

ITALIA E AS ARBITRAGENS

Tenho escutado muita genteboa dizer que a Italia foi favorecida pelas arbitragens e que nao teria vencido a Copa sem o "apito amigo". Nao è bem assim

1) contra Ghana, antes dos dois penaltis nao dados em favor de Ghana, foi marcado um impedimento inexistente de Iaquinta em um lance em que ele ficou cara a cara com o goleiro e ainda com a opcao de tocar para tras, para a entrada de um companheiro. Grande chance de fazer 2x0 e encerrar ali a partida. Alem disso, a Italia foi muito superior a Ghana na partida
2) depois de um bom primeiro tempo contra a Australia, em que atacou, criou varias chances e nao concedeu asbolutamente nada ao adversario, a Italia foi prejudicada por uma expulsao absolutamente injusta de Materazzi no inicio do segundo tempo. Isso obrigou a Italia a se defender no resto da partida. E o penalti tido como inexistente no final do jogo aconteceu num momento em que, mesmo com 10, a Italia ja domonava a partida novamente.
3) na final, houve um penalti nao marcado sobre um frances, no segundo tempo. Porem, o penalti convertido por Zidane nao existiu. Malouda, que nao foi tocado por ninguem, usou o mais manjado dos truques de um atacante: bater com um pe no calcanhar do outro para cair sem fazer cena.

domingo, julho 09, 2006

SELEçAO DA COPA


Criterios:
a) Uma nota foi atribuida a cada jogador imediatamente apos cada jogo. Assim, a seleçao è apurada em funçao do desempenho dos jogadores ao longo de todas as partidas e nao escolhida em funçao de atuacoes destacdas em uma ou duas partidas que por algum motivo tenham tido maior repercuçao.
b) A nota media de cada jogador nao è a media aritmetica simples das notas em cada partida, mas sim a media aritmetica considerando peso 2 aos jogos das oitavas e quartas-de-final e peso 3 às semifinais e final. Assim, privilegia-se os jogadores que crescem durante o torneio e/ou que tem bom desempenho nos jogos mais importantes e decisivos. A partida de decisao de terceiro lugar foi desconsiderada.
c) Os jogadores que disputaram menos de 4 partidas foram desconsiderados.
d) A seleçao foi organizada no esquema tatico mais usado na copa, nao apenas por isso, mas tambem por permitir que os jogadores com melhores medias, independenetemente de modulo tatico, fossem premiados.

ITALIA 1 x 1 FRANçA (pen. 4x3)

ITALIA 1 x 1 FRANçA (pen. 4x3)

Zidane, Materazzi

notas ITA:
7,0 Buffon
6,5 Zambrotta
8,0 Cannavaro
7,5 Materazzi
6,0 Grosso
4,5 Camoranesi (5,5 Del Piero)
6,0 Gattuso
6,5 Pirlo
5,5 Perrotta (6,0 De Rossi)
5,0 Totti (5,5 Iaquinta)
5,5 Toni

notas FRA:
6,0 Barthez
6,0 Sagnol
7,0 Thuram
6,5 Gallas
6,0 Abidal
6,5 Makelele
6,5 Vieira (6,0 Diarra)
6,0 Ribery (5,5 Trezeguet)
6,0 Zidane (R)
7,0 Malouda
6,0 Henry (s.n. Wiltord)


Anàlise: Com um penalti mal marcado, a França passou a frente a 5' e obrigou a Italia a mudar sua estrategia de jogo. A Italia teve muita dificuldade em atacar e sò conseguiu o empate por meio da bola parada, em cabeceada de Materazzi em excepcional cobrança de escanteio por Pirlo. Daì em diante o jogo foi muito fraco, com muitos erros no meio de campo e um absoluto dominio das defesas sobre os ataques. Superioridade clara de uma equipe se viu apenas na primeira metade do segundo tempo, quando a França criou uma boa sequencia de açoes ofensivas, numa das quais houve um penalti nao marcado por Horacio Elizondo. Depois, na prorrogaçao, Buffon defendeu espetacularmente uma cabeceada fulminante de Zidane. Quando faltavam dez minutos para o fim, Zidane agrediu Materazzi e foi expulso, mas a Italia nao soube aproveitar a vantagem numerica.

PALPITAO DA FINAL

ITALIA x FRANçA 1x0

A menos que alguem "ache" um gol no inicio da partida, a tendencia è de que ambas as equipes joguem com muita cautela. A França trocando passes curtos, abusando do um-dois, para tentar abrir espaços e provocar faltas. Visto que a defesa italiana nao joga muito avançada e è muito rapida, os lançamentos longos para Henry nao deverao surtir muito efeito, a menos que a Italia ofereça contra-ataques aos gauleses. A Azzurra jogarà menos no toque e mais no lançamento longo para o(s) atancate(s) central(is), mas sem desarrumar a defesa. A maior preocupaçao da Italia deverà ser coma cobertura dos avanços dos seus laterais. Isso, alias, pode ser uma das chaves do jogo: no confronto entre Zambrotta e Grosso contra Malouda e Ribery, quem souber atacar mais se desprotegendo menos darà uma enorme vantagem à sua equipe. Grande vantagem terà tambem quem souber anular o play-maker do adversario. E, nesse caso, acho que è muito mais facil dominar o jogo de Pirlo - muito estatico, menos experiente e com menos recurso tecnico, do que o de Zidane.

A França tem um time mais tecnico e mais experiente. Animicamente, acho que a França tem melhores condiçoes de enfrentar uma decisao. O time vem embalado, apos 3 vitorias incontestaveis, em que jogou tanto com a cabeça quanto com o pès. A Italia tem mais recursos (avanço dos laterais, bola longa, bola alta, chute de meia-distancia, bola parada em escanteios e faltas, mais opçoes tecnicas e taticas no banco, etc..), embora nao tenha o contra-ataque entre as armas principais. O jogo è, por tudo isso, equilibrado e imprevisivel. Mesmo achando que a França tem mais futebol tecnica e taticamente, aposto na Italia por dois motivos: as opçoes de banco, que lhe conferem uma maior capacidade de mudar o jogo e de aguentar uma prorrogaçao, e a solidez da defesa italiana, que, descontado o gol contra de Zaccardo contra os EUA, nao tomou gol de ninguem ainda. Adiciono a esse ultimo item a dificuldade que a França tem em fazer gols: apenas 1 contra as defesas menos protegidas de Portugal e Brasil e nenhum contra a fechada Suiça.

quarta-feira, julho 05, 2006

PORTUGAL 0 X 1 FRANçA

PORTUGAL 0 X 1 FRANçA

Zidane

notas POR:
6,0 Ricardo
6,0 Miguel (5,5 Paulo Ferreira)
6,5 Fernando Meira
6,5 Ricardo Carvalho
5,5 Nuno Valente
6,0 Costinha (s.n. Postiga)
6,5 Maniche
6,0 Figo
5,5 Deco
6,5 Cristiano Ronaldo
5,0 Pauleta (5,0 Simao)

notas FRA:
6,0 Barthez
6,0 Sagnol
7,0 Thuram
6,5 Gallas
6,0 Abidal
6,0 Makelele
6,5 Vieira
6,5 Ribery (s.n. Govou)
7,0 Zidane
6,0 Malouda (s.n. Wiltord)
6,5 Henry (4,0 Saha)

Analise: A França mostra melhor conjunto desde o inicio do jogo, mas è Portugal quem consegue, em lances individuais ou em contrataques, desafiar a meta do goleiro adversario. Contudo, sem grande perigo. Portugal è um pouco mais veloz que a França, mas o toque de bola e a perfeita coordenaçao tatica è que proporciona aos gauleses a abertura do placar, apos um penalti sobre Henry, numa das boas jogada conseguidas pelo lado esquerdo do campo. No segundo tempo o jogo perde um pouca da qualidade, e apresenta uma França capaz de dominar a reaçao portuguesa e conceder pouquissimas oportunidades para os portugueses encaixarem alguma açao perigosa no ataque. A França consegue esse dominio mesmo com menos posse de bola, pois a compacta marcaçao obriga o adversario a rodar mais a bola. De posse da bola, a França consegue esfriar o jogo, pois usa muito o toque de bola curto e rapido, sempre tentando o um-dois, o que provoca o adversario a fazer faltas. Enfim, o jogo foi muito parecido com França-Brasil, com as diferenças de que Portugal conseguiu finalizar mais e marcar um pouco melhor o meio de campo. Melhor, mas insuficiente.

terça-feira, julho 04, 2006

ALEMANHA 0 x 2 ITALIA

ALEMANHA 0 x 2 ITALIA

Grosso, Del Piero

notas GER:
6,5 Lehmann
6,0 Friedrich
6,0 Mertesacker
6,5 Metzelder
6,0 Lahm
6,0 Kehl
5,5 Schneider (6,0 Odonkor)
5,5 Borowski (5,5 Schweinsteiger)
6,0 Ballack
5,5 Podolski
5,5 Klose (s.n. Neuville)

notas ITA:
7,0 Buffon
6,5 Zambrotta
7,5 Cannavaro
6,5 Materazzi
7,0 Grosso
4,5 Camoranesi (6,0 Iaquinta)
6,5 Pirlo
5,5 Gattuso
6,0 Perrotta (6,0 Del Piero)
6,0 Totti
5,5 Toni (6,5 Gilardino)

Anàlise: partida muito equilibrada do inicio ao fim, mas com a Italia mostrando mais solidez. Totti esteve muito bem no primeiro tempo, procurando servir Toni e os externos com lançamentos de primeira. Pirlo, ao seu modo, tentava o mesmo trabalho, mas errando bem mais. Por sua vez, a Alemanha tentava as combinaçoes entre Klose e Podolski, assim como o apoio pelos lados do campo, especialmente com Lahm, Borowski e Schneider. Os atacantes de ambas equipes, contudo, foram quase sempre anulados pelas defesas. No segundo tempo o jogo perdeu muito em qualidade e em velocidade, com ambas seleçoes preocupando-se mais com a posse de bola, sem arriscar levar um gol que seria fatal. Supreendentemente, quando todos pareciam ja cansados, a prorrogaçao começa - e termina - em ritmo alucinante. Lippi, que ja havia trocado Toni por Gilardino, saca o pessimo Camoranesi e coloca Iaquinta. Nos dois primeiros minutos as traves alemas sao atingidas duas vezes, primeiro em grande jogada de Gilardino, depois em rebote de Zambrotta, de fora da area. A Alemanha tambem cria oportunidades, mas que sao defendidas por um grande Buffon ou desperdiçadas por Podolski e Schneider. No final, apos um escanteio, Pirlo finalmente acerta - em grande estilo - uma enfiada de bola para Grosso, que de primeira manda uma bola em curva junto ao poste de Lehmann. Em seguida contrataque rapido e Gilardino serve magistralmente Del Piero, que decreta a desclassificaçao com outra bola em curva no angulo. Foi "no detalhe", mas merecida a vitoria da Azzurra.

PALPITAO DAS SEMIFINAIS

ITALIA 2 x 1 ALEMANHA
PORTUGAL 1 x 2 FRANçA

FRANçA 1 x 0 BRASIL

FRANçA 1 x 0 BRASIL

Henry

notas BRA:
6,5 Dida
5,0 Cafu (s.n. Cicinho)
5,5 Lucio
6,5 Juan
4,0 Roberto Carlos
5,5 Gilberto Silva
6,5 Ze Roberto
5,0 Juninho (5,5 Adriano)
4,5 Kaka (s.n. Robinho)
4,5 Ronaldinho
5,5 Ronaldo

notas FRA:
6,0 Barthez
6,5 Sagnol
6,5 Thuram
6,5 Gallas
6,0 Abidal
6,5 Makelele
7,0 Vieira
6,5 Ribery (s.n Govou)
8,5 Zidane
6,5 Malouda (s.n Wiltord)
6,5 Henry (s.n. Saha)

Anàlise: A seleçao, finalmente, teve um escalaçao mais equilibrada, mais logica, com Juninho no lugar de Adriano. Porèm, apos 10 minutos de maior volume de jogo, foi a França quem tomou conta do jogo, atropelando a meia-cancha brasileira. Zidane esteve livre (pelo menos essa era a impressao) para articular o jogo frances durante toda a partida. A lista do motivos do fracasso da "formaçao ideal" começa pela natural falta de treinamento, ja que foi a primeira vez que jogaram juntos Gilberto Silva, Juninho, Ze Roberto e Kaka. Com a pouca colaboraçao dos laterais na marcaçao no meio-campo, isso pode explicar os enormes espaços dados a Zidane e troupe. Indo adiante, Kakà parecia estar completamente sem condiçoes fisicas de jogo. Ronaldinho, enfim posicionado como segundo atacante, conseguiu jogar ainda pior do que nas partidas em que atuou como articulador. Deve-se ainda comentar que alem da ineficiencia do novo modulo tatico, os problemas do time precedente repetiram-se: laterais que pouco avançam, atacantes praticamente parados na frente, articuladores indecisos no posicionamento e movimentaçoes e um preparo fisico medio abaixo de esperado. Mesmo com todos esses problemas, o amplo dominio frances nao foi capaz de se transformar em muitas chances de gol. E, o gol marcado, foi uma falha grosseira de marcaçao (mais uma) de Roberto Carlos em um lance de bola parada.

sábado, julho 01, 2006

INGLATERRA 0 x 0 PORTUGAL (1-3 pen.)

INGLATERRA 0 x 0 PORTUGAL (1-3 nos penalties)

notas ENG:
5,5 Robinson
6,0 Gary Neville
7,0 Ferdinand
7,0 Terry
6,5 Ashley Cole
7,0 Hargreaves
5,0 Beckham
5,5 Lampard (6,5 Lennon (s.n. Carragher))
6,0 Gerrard
5,5 Joe Cole (5,5 Crouch)
5,0 Rooney (R)

notas POR:
6,5 Ricardo
6,5 Miguel
7,0 Fernando Meira
7,0 Ricardo Carvalho
6,0 Nuno Valente
5,5 Petit
6,5 Maniche
5,5 Tiago (6,0 Hugo Viana)
6,5 Cristiano Ronaldo
6,0 Figo (5,0 Postiga)
5,0 Pauleta (5,5 Simao)

Anàlise: Primeiro tempo de "estudos", batalhado no meio-campo, com poucas açoes ofensivas merecedoras de destaque, mas bem divididas entre os dois lados. As diferenças ficaram por conta dos estilos de jogo: Inglaterra no apoio direto defesa-ataque, com Rooney se movimentando e recebendo mais bolas, Portugal tentando jogar no toque e nas jogadas individuais de Figo e Cristiano Ronaldo, com Pauleta absolutamente ausente do jogo. No segundo tempo, o jogo melhora em favor da Inglaterra quando Eriksson joga a carta Lennon no lugar de Beckham, contundido. Para o azar dos britanicos, pouco depois, Rooney è expulso por entrada desleal e, apesar de 5 minutos de Inglaterra muito mais acesa do que quando jogava com 11, Portugal passa a controlar a posse de bola. Contudo, praticamente nao cria oportunidades de gol e a partida vai para os penalties apos um tempo suplementar igualmente pouco vibrante.