quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Libertadores 2011: Inter x Jaguares 4-0

Primeira Fase
23-2-2011
Beira-Rio
gol: Bolatti (2), Leandro Damião, Oscar

Inter no 4-4-2:
1- Lauro 6,5 - seguro em todas as intervenções e pelo menos duas defesas importantes
4- Nei 6 - apesar de não se destacar no apoio e ter tido problemas de posicionamento no primeiro tempo, passou a marcar melhor o incisivo ala esquerad adversário no segundo tempo
3- Índio 5,5 - perdeu uma bola alta importante e
14- Sorondo 6 - o melhor da linha defensiva, mas poderia ter sido expulso numa entrada desnecessária e estabanada.
6- Kleber 6 - mais discreto que o habitual
24- Bolatti 7,5 - nota alta mais pelos dois gols e pela pequena quantidade de erros do que pela quantidade e qualidade do cumprimento da função específica
8- Wilson Matias 6 - alternou altos e baixos, mas não comprometeu
23- Zé Roberto 5 - teve pouco sucesso na jogada individual e passou muito tempo sumido do jogo; teve algum destaque na bola parada,
5- Guinãzú 6 - pouca contribuiçao ofensiva, mas com melhor rendimento técnico do que na partida anterior; a contumaz disposição e qualidade no desarme equilibram o prejuízo aos desempenhos individual e coletivo trazido pelo seu posicionamento erradamente muito avançado.
18- Cavenaghi 5,5 - muito apagado no primeiro tempo, um pouco mais voluntarioso no segundo, nao aproveitou duas boas chances de gol na pequena área, mas usou a cabeça para assistir Bolatti no segundo gol, embora impedido.
9- Leandro Damião 6 - afora um chute perigoso e um boa jogada em diagonal pela esquerda, onde voltou a mostrar mais técnica na condução de bola e drible do que em 2010, o camisa nove foi mais transpiração que inspiração; no fim das contas, o gol de puro oportunismo foi um prêmio justo para alcançar a suficiência.

16- Oscar-19 6,5 - jogou poucos minutos, mas fez um belo gol de fora da área, que lhe rende a nota destacada ao invés do tradicional "sem nota"
20- Alecsandro -18 sn
17- Andrezinho- 23 sn

Comentário: nem 4-2-3-1, nem losango, Guiñazú jogou à frente, ao lado de Zé Roberto. No final do segundo tempo, apenas, é que Leandro Damião recuou pela direita quando sem posse de bola, para formar uma linha de marcação com Guina pelo centro e Zé Roberto pela esquerda. Isso colaborou para que o colorado fosse acéfalo e, pressionado pela marcação estreita da meia-cancha mexicana, vivesse de chutões e rifadas de bola. O Jaguares jogou ligeiramente melhor durante a primeira meia hora de jogo, mas foi penalizado injustamente com dois gols de bola parada do Inter, um deles contando com desvio fortuito da zaga e outro em impedimento não marcado de Cavenaghi. De bom, apenas a jogada ensaiada do segundo gol. No segundo tempo, ainda menos posse de bola e mais um gol na bola parada, desta vez em falha clara do goleiro. O quarto gol, aos 46', em chute forte de Oscar à longa distância. O Inter jogou mal, em todos os setores, e saiu de campo com uma goleada. Sorte de campeão? Não, apenas sorte. Fora Roth.

Prévia de Inter x Jaguares

Roth e direção afirmaram terem gostado d0 rendimento do time contra o Emelec, o que justificaria a repetição da escalação daquela meia-cancha arrastada e pouco contundente que se viu em Guayaquil. Guinazu voltaria a atuar como o central da linha de meias ofensivos, o que, segundo Roth, é a real função de Cholo, na qual se consagrou no Libertad e chamou atenção do Inter. Verdade que no paraguai ele jogava mais à frente, mas além disso fazer 5 anos, aquele time do Libertad tinha outros jogadores de meio e ataque com maior capacidade de finalização. Mas, o que Roth não lembra é que, no jogo de volta daquela semifinal, o Libertad dominou o início do segundo tempo e só não abriu o placar por que...tchan, tchan, tchan, tchan...Guiñazú perdeu duas chances claras de gol graças à sua pouca qualidade como finalizador.

Bom, voltando ao jogo de hoje, com a contusão de D'Alessandro, Roth escolheu Cavenaghi para completar o time. Ao que tudo indica, isso o obrigará a trocar o 4-2-3-1 pelo 4-4-2 em losango, com Zé Roberto no vértice alto e Guiñazú e Matias (ou Bolatti) mais atrás e pelos lados, à frente do volante central. D'Alessandro, evidentemente, fará muita falta, mas no plano tático, talvez sua lesão tenha melhorado o time. Veremos.

Fora Roth, antes que seja tarde.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Libertadores 2011: Emelec x Inter 1-1

Primeira Fase
16-2-2011
Guayaquil
gol: Bolatti

Inter no 4-2-3-1
1- Lauro 6,5
4- Nei 6
3- Índio 6
14- Sorondo 6,5
6- Kleber 7
24- Bolatti 7
8- Wilson Matias 6
23- Zé Roberto 5,5
5- Guinãzú 5
10- D'Alessandro 7
9- Leandro Damião 7

18- Cavenaghi-23 6
22- Rodrigo-24 5

Comentário: a paçoca que se previa antes do jogo se cofnirmou, embora num formato diferente, pois em vez do losango, se viu Guiñazú fazendo o papel de Tinga no 4-2-3-1. O jogo esteve o tempo todo na mão do Inter, que apesar de alguns ataques perigosos do Emelec, dominou as ações e teve boas chances de gol. Era nítido que o Inter precisava de Andrezinho ou Cavenaghi no lugar de um dos volantes, para imprensar o Emelec na defesa. A falta de velocidade no contrataque dos equtorianos não justificava o excesso de cautela de Celso Roth. Depois de inúmeras boas jogadas e finalizações de Leandro Damião, o Inter conseguiu abrir o placar aos 35' do segundo tempo, com um gol de escanteio (finalmente um escanteio cobrado no lugar certo, na marca do pênalti). Porém, dali pra frente, Roth mexeu mal duas vezes, jogou o time pra trás, deixou o Emelec pressionar e, passados 30 segundos do tempo informado para os acréscimos, tomou um gol de cabeça. Falharam Damião na marcação e Lauro, na única vez em que saiu mal na bola alta. O time não foi mal, mas de Roth, tivemos o de sempre: uma paçoca no meio campo, uma postura acovardada do treinador e substituições ruins. Ainda a destacar a má atuação do árbitro, confuso nos critérios disciplinares, sem controle do jogo e que não deu um pênalti claro em cima de Sorondo, derrubado com um puxão na camiseta.

Libertadores 2011: prévia de Inter x Emelec

Com Tinga machucado, a reportagem da Band diz que Roth escala Bolatti no vértice baixo do meio-campo em losango e Wilson Matias pela direita. Três volantes para jogar, ainda que fora de casa, contra um time bastante mais fraco. Não gosto de meio-campo em losango, não gosto de três volantes e não gosto desta postura tático-estratégica de "esperar" o adversário, especialmente porque esse time do Inter não tem como característica o contra-ataque rápido. Paçoca à vista.

domingo, fevereiro 13, 2011

Gauchão 2011: Inter x Pelotas 3-2

Gauchão 2011 - primeira fase
Beira-Rio, 13-2-2011
gols: L. Damião (3)

Inter (4-2-3-1)
1- Lauro 6 - sem culpa nos gols, salvou mais um numa ágil e tempestiva saída por baixo
2- Nei 6 - em termos de defesa foi o melhor da primeira linha colorada, mas discreto no apoio
3- Índio 4,5 - falhou junto com todo sistema defensivo no primeiro gol e em algumas outras oportunidades em que o Pelotas chegou com perigo ao interior da área
4- Sorondo 4 - bem nas antecipações, mas falhou inexplicavelmente no segundo gol e foi envolvido em outros lances
6- Kléber 6,5 - fez uma boa partida do meio para a frente, com uma assistência perfeita e bons passes e cruzamentos; desconta-se meio ponto por não ter se entendido com Sorondo na marcação do jogador autor do segundo gol auricerúlio
5- Guiñazú 6,5
8- Wilson Matias 6
11- Zé Roberto 6,5 - velocidade, dribles, jogo vertical, mas cansando e parando aos poucos
7- Tinga 5,5 - não se encontrou nem técnica nem táticamente e foi bem substituído
10- D'Alessandro 7,5 - não fosse o "hat-trick" de Damião, teria sido o melhor do Inter: duas assistências, finalizações, movimentação, raros erros de passe, segurança na posse de bola;
9- Leandro Damião 8 - três gols "de centroavante", um deles com o requinte técnico de driblar o goleiro após dominar lançamento

16- Cavenaghi (-7) 6 - jogou todo o segundo tempo, disputando bolas com muita disposição; jogou muito fora da área, buscando o jogo, sem erro de passes, mas finalizou apenas uma vez, num chute forte e rasteiro de froa da área
17- Andrezinho (-11) 6
18- Alecsandro (-9 ) sn

comentário: .

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Gauchão 2011: Inter xJuventude 3-1

Gauchão 2011 - primeira fase
Beira-Rio, 3-2-2011
gols: L. Damião, D'Alessandro (2)

1- Lauro 6 - bem nas defesas, mas visivelmente ainda desembocado
2- Nei 5,5
3- Índio 6
4- Ronaldo Alves 5 - titubeante em vários momentos, especialmente no lance do gol
6- Kléber 6
5- Guiñazú 5,5 - foi o batalhador de sempre, mas foi desatento na marcação no lance do gol
8- Wilson Matias 6
7- Tinga 6
10- D'Alessandro 7,5 - uma partida razoável, com uma assistência, um gol de pênalti e um golaço em tabelinha com
11- Zé Roberto 6,5 - estréia surpreendentemente boa, com muita movimentação e qualidade técnica, mas que durou apenas 37 minutos, devido a uma contusão muscular
9- Leandro Damião 6 - bastante discreto, mas com um "gol de centroavante"e sem nunca fugir da bola, cumpriu minimanente bem sua função

16- Andrezinho (-11) 5 - brigou muito, mas errou passes demais e finalizou mal, mostrando que qualidade técnica também depende de ritmo de treino e jogo
13- Sorondo (-4) 6
17- Alex (-7 ) sn

comentário: Roth mandou o Inter a campo com a promessa de um 4-4-2 com meia cancha em losango, onde D'Ale e W. Matias seriam os vértices agudos. Tomou um gol relâmpago numa bobeira geral do sistema dfensivo, mas em seguida empatou num lance de linha de fundo. Zé Roberto, escalado como segundo atacante, foi destaque, mas sentiu lesão muscular ainda no primeiro tempo e foi supreendentemente substituído por Andrezinho. Daí pra frente, o esquema tático foi indecifrável. A paçoca armada por Roth, que brindouo o torcedor colorado com 30 minutos sem uma finalização em gol, foi salva por um pênalti isolado e esquisito (embora correto) e, depois, ajudada por uma expulsão justa mas desnecessária. Em resumo, o Inter não foi bem, nem técnica nem taticamente, mas estrear com vitória sobre o líder do campeonato e tradicional rival menor, sempre é bom para a moral de um time que precisa vencer uma Libertadores, jogando bem ou jogando mal.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Copa da Ásia 2011 - Análise Geral

Qualidade dos jogos:
As primeiras rodadas tiveram um considerável número de jogos muito fracos do ponto de vista técnico, alguns deles ainda pobres em emoção. Inicialmente, parecia-me um torneio menos interessante e mais fraco do que a Copa das Nações da África, competição que pude assistir a todas as edições televisionadas desde 1992. Outra expressiva quantidade de partidas, como as que envolveram a primária equipe da Índia, revelaram um enorme desequilíbrio de forças entre as seleções. Da terceira rodada em diante, mas especialmente nas quartas e semifinais, passou-se a ver bons jogos de futebol. Ainda que um zero a zero desemptado na prorrogação, com poucas chances de gol, a final entre Japão e Austrália mostrou que, em termos de espetáculo, a ponta do futebol asiático não deixa a desejar ao futebol africano de seleções.

Nível técnico:
O resultado da competição evidenciou a disparidade entre o bloco das potências e o restante das seleções: Japão, Coréia do Sul e Austrália foram, de longe, as melhores seleções do torneio e justamente as três primeiras colocadas. E, vivendo o que na melhor das hipóteses é uma entresafra de gerações, o Irã deu mostras de que pode estar ficando para trás e saindo desse bloco. Em contrário senso, quem pode estar no rumo para integrar é o Uzbequistão. Apesar da retumbante derrota de seis a zero na semifinal, a seleção uzbeque nos fez ver alguns bons jogadores e uma consistência coletiva interessante. Não me surpreenderei, nem um pouco, se Uzbequistão conseguir vaga para uma das próximas Copas do Mundo. Decepcionou, mais uma vez, a China, de quem eu esperava um rápido crescimento desde a participação na Copa do Mundo de 2002. Mas o grande fracasso no Qatar foi protagonizado pelo futebol do mundo árabe e simbolizado pela ex-grande potência Arábia Saudita, que perdeu três partidas, marcou apenas um gol e ficou somente à frente da Índia. Salvaram-se alguns momentos dos anfitriões qatarianos - uma legião de estrangeiros comandada pelo "mago" Bruno Metsu (treinador do memorável Senegal da Copa de 20o2) e os iraquianos, que defendiam o título. O Iraque, contudo, baseia seu jogo muito mais num esquema fechado e pouco agressivo, do que na qualidade técnica dos jogadores, nivelada com o restante do mundo árabe. Supreenderam a Ásia, em 2007, fazendo e tomando poucos gols, levando jogos a prorrogações e pênaltis e contando com sorte na tabela de adversários. Mas um raio não cai duas vezes no mesmo lugar e, desta vez, deu a lógica: uma derrota nas quartas-de-final, vendida muito cara, mas justa, perante a Austrália.

Esquemas táticos:
O tradicional 4-4-2 foi adotado por Qatar, Kuwait, Jordânia, Arábia Saudita, Austrália, Índia, Iraque e Irã, quase sempre com meias-canchas dispostas "à inglesa", com dois externos mais agressivos e dois centrais com funçoes de marcação e armação. Nos casos de Austrália e Iraque, também de chegada e finalização de longa distância. Digno de nota foi o ataque dos Socceroos, composto por Cahill e Kewell, sabidamente dois meias-atacantes. Assim como na Copa do Mundo, o 4-2-3-1 foi bastante empregado na competição, mesmo que não tão claramente configurados em campo, devido a atacantes posicionados como externos ou meias-atacantes flutuando das extremas para o centro. Foi o esquema preferencialmente usado por Japão, Uzbequistão, China, Síria, Bahrein e Emirados Árabes. Nominalmente no 4-2-3-1, a Coréia do Sul jogou praticamente num 4-2-4, em que a linha ofensiva toda se mesclava nas funções e posições, apenas com o externo-direito Lee Chung-Young guardando posição por mais tempo. A Coréia do Norte foi a única a apresentar o "catenacciaro" 5-3-1-1, e o sepultado 3-5-2 renasceu apenas numa das partidas do Uzbequistão.