quinta-feira, junho 10, 2010

Copa do Mundo 2010: análise do grupo F

Itália: se Dunga é cobrado por Neymar e Ganso, jovens sem experiência de seleção e com um real potencial ainda não sabido, imagine-se Lippi, que deixou em casa os já tarimbados e em grande fase Cassano, Miccoli e Totti. Se, ao menos a Italia tivesse Luis Fabiano e Kaká ou se apresentasse resultados como os conseguidos pela seleção de Dunga, seria mais fácil de compreender os critérios do treinador campeão mundial de 2006. Tudo bem que a Itália tem um histórico de começar mal e engrenar durante a copa e que, às vésperas da Copa de 2006, as desconfianças eram as mesmas, mas a atual squadra azzurra vem mostrando tão pouca condição física, técnica e tática, que só por milagre um "Lippi cairá duas vezes no mesmo lugar". Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: quartas-de-final.

Paraguai: apesar de uma queda no final das eliminatórias e de uma campanha de amistosos pouco empolgante, esta equipe paraguaia apresenta um jogo bem organizado pelo treinador Tata Martino e tem um bom elenco, especialmente no ataque. Mesmo perdendo o "gordito" Cabañas e talvez Cardozo, Santa Cruz, Haedo e especialmente Lucas Barrios devem dar conta do recado. O sistema defensivo não conta com a classe de Gamarra e a eficiência de Ayala, mas é razoavelmente boa. Fica em aberto o rendimento da meia-cancha, onde sobra determinação e falta criatividade. Máximo: quartas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: oitavas-de-final.

Eslováquia: pelos resultados inexpressivos após o desmebramento da Tchecoeslováquia e pelo elenco pouco conhecido do primeiro mundo do futebol, os eslovacos foram a grande supresa das eliminatórias européias. Fogem à essa regra apenas o excelente meia Hamsik (Napoli) e o bom zagueiro Skrtel (Liverpool), especialmente após a contusão do veterano Karhan (futebol alemão). Dizem ser um time bem montado e voluntarioso, mas não acredito que tenha vida longa na Copa. Máximo: oitavas-de-final. Mínimo: terceira do grupo. Aposta: terceira do grupo.

Nova Zelândia: apesar do esquema 4-3-3 adotado nos amistosos preparatórios, é um time que entra em campo para se defender. Tem nível técnico talvez superior apenas ao da Coréia do Norte e a grande maioria de seus jogadores atua na própria oceania ou no submundo do futebol europeu. Será lanterna do grupo, mas tem potencial para vender caro as derrotas e, talvez, conseguir algum empate heróico. Máximo: lanterna do grupo. Mínimo: lanterna do grupo. Aposta: lanterna do grupo.

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