sábado, dezembro 18, 2010

INTER NO MUNDIAL 2010: Inter 0 x 2 Mazembe

Claro que ficou o sentimento de frustração. Mas, pelo menos para mim, não foi algo inesperado e muito menos a "maior decepção" do torcedor colorado ou o "maior fiasco da história do Inter". Eu fiquei muito mais decepcionado com o verdadeiro fiasco de levar 4 do Juventude numa semi-final de Copa do Brasil, dentro de um Beira-Rio com 65 mil pessoas, numa maldita noite de chuva. Ainda houve as derrotas em casa para Bahia e Olímpia em 89 e certamente outros momentos bem piores, de quem nem lembro agora. E quando ao futebol gaúcho, fiasco é cair pra segunda divisão e vender o DVD da Batalha dos Aflitos como documentário de uma vitória da valentia, heheheheheheheh.

O Inter até nem jogou tão mal assim. Jogou melhor que o Mazembe, mas não teve pontaria. Foram 23 finalizações sem sucesso. Contra o Seongnan, a Inter italiana finalizou apenas 7 vezes, mas fez 3 gols, o primeiro deles aos 2 minutos do primeiro tempo. Se Rafael Sóbis tivesse feito aquele gol imperdível aos 11 minutos, provavelmente o jogo teria tido o mesmo resultado da outra semifinal. Nada de zebras. De todo modo, o Inter contra o Mazembe foi rigorosamente igual ao do último terço do campeonato brasileiro. Faltou futebol, sim, mas também faltou sorte. Sorte que teve em 2006, quando tudo deu certo contra o Barcelona. Roth mexeu muito mal no time, alguns jogadores renderam menos do que se esperava e o talismã Giuliano desta vez não resolveu. Mas o pior de tudo foi ter ido aos Emirados com Alecsandro e Leandro Damião como únicas soluções para a camisa 9. Sabia-se que eram insuficientes há um ano inteiro.

Renan 5,5 - Foi bem em todas as pequenas intervenções que teve de fazer e em duas ou três defesas seguras, mas o segundo gol não era indefensável.

Nei 4,5 - Apareceu bastante no apoio, mas errou passes e não acertou cruzamentos, além de alguns erros, como sempre, no posicionamento defensivo.

Bolívar 5 - Falhou no primeiro gol e sofreu com a velocidade de Kaluyituka no primeiro tempo

Índio 5,5 - Também falhou no primeiro gol, mas de resto fez uma partida discreta e correta, sem muitas exigências

Kléber 6 - Foi muito criticado pela imprensa, mas para mim foi um dos melhores do meio para frente. Perde meio ponto por ter marcado mal o jogador que deu a assistência, de cabeça, para Kabangu fazer o primeiro gol

Guiñazú 6 - Não teve falhas, marcou bastante, foi o guerreiro de sempre e errou poucos passes. Discreto e trabalhador.

Wilson Mathias 6,5 - Fez sua melhor partida do Inter, roubando bola, passando bem e com velocidade e ainda procurando chegar à frente para concluir.

D'Alessandro 5,5 - Começou discreto, tímido, parecia sentir o peso da competição. Foi melhorando ao longo do jogo, apesar de 2 ou 3 passes errados imperdoáveis. Melhorou quando foi jogar aberto na esquerda, mas acabou errando feio uma finalização da marca do pênalti após uma cobrança esperta de escanteio, o que lhe desconta meio ponto.

Tinga 6,5 - Fez um primeiro tempo muito bom, com bastante movimentação, acerto nos passes e entrada na área. Caiu um pouco no segundo tempo e foi substituído muito cedo, incorretamente.

Rafael Sóbis 6 - Talvez tenha sido o melhor jogador do Inter, com muita movimentação e 3 conclusões muito perigosas, mas uma delas um erro imperdoável, cara a cara com o goleiro Kidiaba. Não deveria ter saído para a entrada de Giuliano.

Alecsandro 4,5 - De bom apenas o cruzamento para Sóbis perder um gol incrível. Foi substituído por Leandro Damião no segundo tempo.

Leandro Damião 4 - Teve contribuição ainda menos expressiva que Alecsandro que, pelo menos, se movimentou mais.

Giuliano 5,5 - Não entrou mal, mas não contribuiu mais do que Tinga. Teve a segunda melhor chance de gol do Inter, quando o empate levaria à prorrogação. Mas precipitou-se em finalizar sem olhar para o gol e chutou nas mãos do goleiro, sozinho com ele dentro da área.

Oscar 5,5 - Mostra que tem um talento a ser lapidado e protegido e, justo por isso, jamais deveria ter entrado no lugar de Sóbis naquele momento crítico do jogo. Movimentou-se, mas absoluamente sem sucesso.




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