sexta-feira, junho 09, 2006

Analise do Grupo B: INGLATERRA

Nao fossem a contusao de Rooney e o estilo de treinar de Eriksson, eu daria a Inglaterra como a segunda grande favorita (depois do Brasil, evidentemente) à levar a taça. Eriksson, que jà era muito questionado na Inglaterra por suas ideias taticas (defesa em linha, facilmente suplantada em velocidade, e uma soluçao inadequada no meio-de-campo para acomodar Beckham, Gerrard e Lampard), agora confiou o seu ataque em dois jogadores recem recuparados dos pès-quebrados, uma jovem promessa adolescente que sequer estreou no campeonato ingles pelo Arsenal e um desengonçado magrao de 2 metros de altura que atè a temporada anterior era reserva do Liverpool. Sò quatro atacantes, cuja unica certeza de rendimento è o gigante Crouch, mas que, nem de longe, pode ser comparado a gente do porte de um Lineker, um Hateley ou mesmo de um Shearer. Supreendemente foram preteridos Bent e Defoe, opçoes comprovadamente mais confiàveis, em que pese o discreto nivel tecnico.

Alèm de tudo, Eriksson nao me parece ter capacidade de mudar uma partida num intervalo de jogo, nem de fazer sacudir um vestiàrio com um discurso motivador. Coisas que, num torneio curto, sao muito importantes do que nos longos campeonatos italianos e portugueses ja vencidos pelo treinador sueco com Lazio e Benfica (nao estou considerando as inumeras copas nacionais vencidas por ele, porque, na Europa, esses torneios nao tem a mesma motivaçao e frequentemente sao vencidos por equipes secundarias ou que perderam a chance de titulo no campeonato principal).

Esquema tàtico: 4-4-2 bem europeu, ou seja, com 4 meias que marcam, armam e atacam. Nao tem "segundo volante", nem "primeiro volante", nem "articulador", OK ? A alternativa treinada por Eriksson è isolar Crouch ou Owen na frente, solidificando o sistema defensivo com a inclusao de Carrick entre a linha de zaga e a linha de meias, formando-se assim o 4-1-4-1 cada vez mais em moda na europa.

Jogadores a observar: em forma, ROONEY, seria o grande destaque, especialmente porque amadureceu taticamente, podendo ser tanto um atacante de movimentaçao, como um atacante de referencia ou ainda como um meia-atacante capaz de frequentemente deixar os companheiros na cara do gol. Sem ele, LAMPARD e GERRARD sao as estrelas, mas ASHLEY COLE, TERRY e JOE COLE nao ficam tao atràs.

Chances: pelos problemas Rooney-Eriksson, acho que param no primeiro confronto com uma selecao como Brasil, Argentina, Italia, França ou Holanda, nas quartas ou semifinais.

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