ALEMANHA x TURQUIA
Os alemães acertaram o time do meio para a frente e bateram Portugal com autoridade e bom futebol. A Turquia, sempre na base da vontade e do preparo físico, novamente conseguiu superar um adversário tecnicamente nos últimos minutos de jogo. Mesmo com a assombrosa deficiência da zaga alemã, o ataque turco não é competente a a ponto de fazer muitos estragos, especialmente sem o contundido Nihat e os suspensos Tucay e Arda. Acho que a Turquia pode dificultar muito o jogo alemão, que provavelmente não será tão encantador como foi contra Portugal. Mas, a menos que a quota de milagres turcos não tenha se esgotado, a superioridade técnica da Alemanha a conduzirá para a final.
ESPANHA x RÚSSIA
Jogo duro de se prognosticar, mas certamente muito agradável de se ver. Dois times com vocação para o ataque e jogadores muito técnicos. O placar de 4x1 conseguido pelos espanhóis na fase de grupo foi bastante enganador e não pode ser tomado como base para nenhuma análise. Em primeiro lugar, naquela partida não estava Arshavin, o craque do time. Em segundo lugar, a Rússia jogava melhor quando levou o primeiro jogo em uma falha gritante na saída de bola por parte do zagueiro Shirokov. Shirokov conseguiu a proeza de falhar feio em todos os gols, foi sacado do time e a defesa melhorou um pouco. Porém, como o também fraco Kolodin está suspenso, Hiddink poderá ter que recolocar Shirokov no time ou compor a zaga com um dos irmãos Berezutsky, mais acostumados a jogarem com Ignashevich, colega de CSKA. Contudo, seja qual for a escolha de Hiddink, a defesa russa seguirá sendo vulnerável e dificilmente não tomará gols do ágil e técnico ataque espanhol. Como do outro lado do campo o ataque russo tem tudo para levar vantagem nos duelos individuais com os defensores espanhóis, a partida deverá ser decidida a favor de quem tiver o domínio da meia-cancha. Nesse aspecto, a Rússia teve nítida vantagem nas partidas contra Suécia e Holanda, enquanto a meia-cancha espanhola superou a sueca só no segundo tempo e deu-se melhor contra a italiana que, contudo, foi muito competente no âmbito defensivo. Outro item que pende para o lado russo, e que tem sido quase ignorado pela nossa imprensa esportiva, é a melhor preparação física dos russos. A exceção de Saenko, todos os convocados jogam no campeonato local, cujo calendário está na metade. Sem sombra de dúvidas, isso traz uma considerável desvantagem aos espanhóis, todos em final de uma desgatante temporada. Não arrisco palpite, mas torço pela Rússia.
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